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WSL Finals: Brasil se recupera do início da temporada e bate na trave em Trestles

Foi quase. O caminho para aumentar a contagem de títulos mundiais da Brazilian Storm não era simples, mas Italo Ferreira e Tatiana Weston-Webb comprovaram mais uma vez que o surfe do país está entre os melhores do planeta e ficaram a detalhes da consagração no WSL Finals de 2024, disputado na última sexta-feira (6), em Trestles, na Califórnia.

Na categoria masculina, o troféu acabou com o havaiano John John Florence, que chegou à terceira conquista mundial e, de quebra, se igualou a Gabriel Medina. Mesmo sendo o atleta com o percurso mais complicado, Italo avançou até o fim e bateu na trave.

O potiguar terminou a disputa com o vice-campeonato. Classificado como quinto colocado para o Finals, ele precisava passar pelos números 4, 3, 2 e 1 do ranking, respectivamente, para se tornar bicampeão da elite do surfe. Só faltou a cereja do bolo.

Em sua primeira bateria, venceu o australiano Ethan Ewing e mostrou que estava determinado pelo seu objetivo. Depois, tirou o australiano Jack Robinson da briga. Na sequência, despachou o local do pico Griffin Colapinto e se classificou para a decisão. Em um vídeo compartilhado pela WSL, era possível ver como o brasileiro estava “pilhado” para a final contra John John:

Diante do havaiano, no entanto, Italo não conseguiu levar a melhor. Disputada em formato de melhor de três baterias, a final terminou nas mãos de John John. Até houve polêmica relacionada ao critério de nota da arbitragem ao comparar ondas dos dois surfistas, mas o gringo realmente fez por merecer mais uma vez.

O agora tricampeão da WSL, aliás, é o único não brasileiro a conquistar um título mundial desde 2013, quando o australiano Mick Fanning foi o vencedor. De lá para cá, além dos triunfos de John John, só deu Gabriel Medina (três vezes), Filipe Toledo (duas vezes), Italo Ferreira e Adriano de Souza.

E o primeiro mundial para o Brasil na categoria feminina, novamente, quase veio. Também começando o Finals na primeira bateria, Tatiana Weston-Webb precisava derrotar as top-4 do ranking para levantar o tão sonhado troféu.

Ela venceu a australiana Molly Picklum e a costarriquenha Brisa Hennessy nas disputas iniciais. Já na bateria que definiria a classificada para a decisão, Tati acabou derrotada pela norte-americana Caroline Marks, que, recentemente, também foi sua algoz na final da Olimpíada de Paris.

Tatiana Weston-Webb durante o Finals da WSL
Tatiana Weston-Webb durante o Finals – Foto: Pat Nolan/WSL

No fim das contas, Caitlin Simmers reafirmou que a nova geração já ocupa lugar de destaque no cenário do esporte. Local da Califórnia, a surfista de apenas 18 anos se tornou a mais jovem a conquistar um título mundial, fechando com chave de ouro a temporada com vitórias em Pipeline, Bells Beach e Saquarema (onde também venceu em 2023).

Levando em consideração o começo de ano atípico para os brasileiros, sem resultados de expressão e risco de sequer ter representantes no Finals, o calendário de 2024 da elite termina de maneira positiva, com uma remontada ao longo das últimas etapas e projeção de melhora na disputa seguinte da elite.

Leonardo Rodrigues

Formado em Jornalismo e pós-graduando em Mídias Digitais e Gestão de Conteúdo. Atuo, sobretudo, com a produção de análises e palpites direcionados para apostas esportivas, além de acompanhar o cenário do surfe.

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