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Em Teahupoo, Brasil projeta volta por cima na WSL e anima para Paris 2024

O surfe brasileiro teve, pelo menos, duas boas notícias ao fim do evento em Teahupoo, válido pela sexta etapa do Circuito Mundial da WSL, nesta semana. A primeira foi que, com boas apresentações, com direito a título para Italo Ferreira, a Brazilian Storm mostrou que ainda pode dar a volta por cima nesta atípica temporada e brigar pelo título mundial no Finals, em setembro. Já a segunda diz respeito às reais chances de ouro para o país nas Olimpíadas de Paris.

Conhecido e temido pelas suas esquerdas tubulares e pesadas, o pico taitiano proporcionou um verdadeiro show de surfe ao público do esporte. No masculino, o Brabo superou John John Florence em uma final com emoção até o fim e venceu a etapa. Por sua vez, Gabriel Medina parou na semifinal, justamente contra o havaiano, enquanto Yago Dora foi eliminado por Italo nas quartas de final.

Também é importante dar destaque para Tatiana Weston-Webb, responsável pela primeira nota 10 feminina em Teahupoo. Na semi, a brasileira disputou uma “decisão antecipada” e completou uma onda perfeita diante da local Vahine Fierro, que levou a melhor e ficou com o caneco ao fim do campeonato.

Tanto no masculino quanto no feminino, é possível dizer que o Brasil está bem representado para os Jogos de Paris 2024. A etapa do CT, claro, serviu como espécie de treinamento de luxo para Medina e Tati. Os surfistas João Chumbinho e Filipe Toledo, que não vêm participando dos eventos da elite mundial neste ano, também viajaram para a região recentemente para praticar e fazer suas respectivas preparações.

Tati comemora após nota 10 em Teahupoo
Tati comemora após nota 10 em Teahupoo – Foto: Matt Dunbar/World Surf League

Temporada após Teahupoo

É fato que os representantes brasileiros na elite mundial não conseguiram bons resultados no início de 2024. Após o corte de atletas do CT, os “sobreviventes” da Brazilian Storm foram Italo Ferreira, Gabriel Medina e Yago Dora. E os três deram saltos no ranking após Teahupoo, projetando uma possível virada de chave.

Com o título, Italo subiu 11 posições, ficando agora na quinta colocação e somando 22.715 pontos. Ótimo resultado. Medina foi de 19° para 12°, com 18.150. Último brazuca no masculino, Yago Dora conseguiu chegar ao 17° lugar, com 16.035. Por enquanto, apenas Italo vai para a disputa do título em Trestles, na Califórnia.

Na categoria feminina, Tati ainda está fora das cinco finalistas, porém mostrou que briga por uma vaga. Com o seu desempenho nas ondas taitianas, ela subiu da nona para a sétima posição do ranking, com 24.270. A quinta colocada, Caroline Marks, possui 27.745.

Teahupoo como palco das Olimpíadas

De certa maneira, a etapa da WSL no palco dos Jogos Olímpicos serviu como forma de treino aos atletas que estão classificados para a disputa. No caso dos brasileiros Medina e Tati, pode-se dizer que foi um cartão de visitas. Italo Ferreira e Yago Dora, vale lembrar, não conseguiram vagas para Paris.

A conexão entre Gabriel e Teahupoo não é novidade. Além de já ter vencido o evento no pico em duas ocasiões, ele fez final em diversas outras temporadas. Quase foi o caso deste ano: na semi, contra John John Florence, ia saindo de um tubo digno de nota 10 dos juízes quando, de repente, se desequilibrou na espuma e caiu. O caldo rendeu cortes nas costas e pernas, e acabou sendo uma onda que fez falta em seu somatório ao fim da bateria.

Tati também mostrou que vai forte para os Jogos de Paris. O 10 tirado durante a etapa no mar do Taiti não é motivo de surpresa para quem conhece seu potencial. A brasileira, criada no Havaí, gosta de ondas com as características como as do palco olímpico e é uma forte concorrente ao ouro.

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Leonardo Rodrigues

Formado em Jornalismo e pós-graduando em Mídias Digitais e Gestão de Conteúdo. Atuo, sobretudo, com a produção de análises e palpites direcionados para apostas esportivas, além de acompanhar o cenário do surfe.

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