Renato Gaúcho
Renato Portaluppi, popularmente conhecido como Renato Gaúcho, é um renomado técnico e ex-jogador brasileiro que tem uma carreira marcada por glórias nos campos e na área técnica.
Com as marcas acumuladas, ele se firmou como um dos nomes mais respeitados e admirados do mundo do esporte.
Nascido em 9 de setembro de 1962, em Guaporé, Rio Grande do Sul, Renato iniciou sua carreira como jogador profissional aos 17 anos, demonstrando desde cedo sua habilidade e paixão pelo esporte.
Ele despertou a atenção de olheiros e torcedores com sua habilidade e visão de jogo.
Carreira de jogador de Renato Gaúcho
Renato Gaúcho brilhou em diversos clubes ao longo de sua carreira como jogador. Sua passagem pelo Grêmio, onde conquistou a Copa Libertadores da América em 1983, é um marco histórico do futebol brasileiro.
Seu gol decisivo na final da Libertadores foi eternizado na memória do torcedor gremista, assim como a conquista do Torneio Intercontinental, reconhecido como Mundial pela Fifa posteriormente.
Em 11 de dezembro de 1983, Renato Portaluppi se tornou o herói do título mais importante dos 120 anos de história da equipe do Sul. No Japão, o camisa 10 desempatou o jogo na prorrogação. Ele tinha apenas 21 anos.
Após deixar sua marca no Grêmio, Renato Gaúcho continuou a brilhar em outros clubes, tanto no Brasil quanto no exterior. Suas passagens pelo Flamengo, Botafogo e Fluminense foram marcadas por gols decisivos, títulos e uma legião de fãs apaixonados.
Renato chegou ao Flamengo em 1987 e formou dupla de ataque com Bebeto. Devido às boas atuações, foi eleito o melhor jogador do Brasileiro daquele ano.
Após defender a Roma entre 1988 e 1989, retornou ao clube rubro-negro venceu a Copa do Brasil de 1990. Depois defendeu Botafogo, Cruzeiro, até chegar ao Fluminense, onde fez história.
Renato Gaúcho conquistou títulos importantes, incluindo o Campeonato Carioca e a Copa do Brasil. Sua presença em campo era sinônimo de determinação e excelência, e ele se tornou rapidamente um dos nomes lembrados pelos torcedores.
Antes de pendurar as chuteiras, em 1999, Renato voltou ao Flamengo, em 1997. Dois anos depois, foi contratado pelo Bangu com a esperança de ser campeão estadual em anos múltiplos de 33 (havia sido em 1933 e 1966).
No entanto, a equipe ficou em penúltimo lugar, e ele decidiu se aposentar ali mesmo para fazer Educação Física e retornar ao futebol de outra maneira.
Seleção brasileira
A trajetória de Renato Gaúcho não se limitou apenas aos clubes. Ele também teve a honra de vestir a camisa da seleção brasileira em diversas ocasiões, representando o país em competições internacionais de grande prestígio, como a Copa América (1989).
Clubes que Renato Gaúcho jogou
- Esportivo
- Grêmio
- Flamengo
- Roma
- Botafogo
- Cruzeiro
- Atlético-MG
- Fluminense
- Bangu
Títulos marcantes conquistados por Renato Gaúcho como jogador
- Grêmio: Copa Intercontinental (Mundial de Clubes)
- Grêmio: Copa Libertadores da América
- Grêmio: 3x Campeonato Gaúcho
- Flamengo: Copa do Brasil (1990)
- Flamengo: 2x Taça Guanabara
- Flamengo: Copa União
- Cruzeiro: Supercopa Sul-Americana
- Cruzeiro: Campeonato Mineiro
- Fluminense: Campeonato Carioca
Prêmios individuais de Renato Gaúcho como jogador
- Melhor Jogador da final da Copa Intercontinental: 1983
- Artilheiro da Copa Intercontinental: 1983 (2 gols)
- 7º Melhor Jogador do Mundo pela revista World Soccer: 1984
- 9º Melhor jogador Sul-Americano do Ano pelo jornal El Mundo: 1985
- Bola de Ouro da revista Placar: 1987
- Bola de Prata da revista Placar: 1984, 1987, 1990, 1992 e 1995
- Artilheiro da Supercopa Libertadores: 1992 (7 gols)
Carreira de Renato Gaúcho como treinador
Renato Gaúcho deu seus primeiros passos como técnico em clubes de menor expressão, onde teve a oportunidade de desenvolver sua filosofia de jogo e aprimorar suas habilidades de gestão de equipe.
Entre 2000 e 2001, Renato treinou o Madureira, onde ganhou experiência na função. Em setembro de 2002, transferiu-se ao Fluminense. Deixou o cargo quase um ano depois, em julho de 2003.
Porém, poucos meses depois, entre outubro e dezembro daquele ano, teve nova passagem pelo clube carioca. Depois de sua saída do Fluminense, Renato ficou desempregado durante o ano de 2004.
Em 2005, ele foi para o Vasco, clube que nunca vestiu a camisa como jogador. No Cruz-Maltino, Renato conseguiu definitivamente se solidificar como técnico.
O comandante levou sua equipe ao vice-campeonato da Copa do Brasil de 2006 e ao sexto lugar do Brasileirão do mesmo ano, sendo eleito pela CBF o segundo melhor técnico. Foi demitido por não conseguir levar o time às finais do Estadual de 2007.
Com a demissão, retornou ao Fluminense. Na nova passagem pelo Tricolor carioca, chegou novamente às finais da Copa do Brasil. A equipe derrotou o Figueirense, e Renato levantou o primeiro título de sua carreira como treinador.
Com a conquista da Copa do Brasil, o Flu garantiu uma vaga para a Copa Libertadores da América de 2008, a primeira oportunidade de Renato disputar esta competição como treinador.
O comandante conquistou novos feitos: levou o clube à semifinal e final do torneio, dois marcos inéditos. No entanto, foi derrotado pela LDU nos pênaltis.
Em crise no Fluminense, Renato foi demitido em agosto de 2008, e retornou ao Vasco no mês seguinte. No entanto, sua campanha não foi boa e o Vasco acabou rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro.
Em julho de 2009, o comandante foi contratado novamente pelo Fluminense. No entanto, nem dois meses depois, ele foi demitido. Em seu lugar, o clube contratou Cuca, ex-técnico do Flamengo.
Já no meio de dezembro de 2009 foi anunciado como novo treinador do Bahia para a temporada de 2010. Por lá, estava fazendo uma boa campanha no Campeonato Brasileiro da Série B de 2010, tendo deixado o Bahia em sexto lugar. Ficou até 10 de agosto de 2010, quando foi contratado pelo Grêmio para suceder Silas.
Na chegada ao Tricolor, mudou o esquema tático e fez com que a equipe desse um “salto” da zona de rebaixamento para o quarto lugar na classificação final (que, com a ajuda do Goiás, derrotado na final da Copa Sul-Americana, garantiu uma vaga para a repescagem da Copa Libertadores da América de 2011), com a melhor campanha no returno da competição. Consequentemente, foi um dos indicados ao prêmio de melhor treinador.
Após uma série de maus resultados no Brasileirão, Renato pediu demissão do Grêmio. Pouco menos de uma semana depois, assumiu o comando do Athletico-PR (Atlético-PR na época). Teve breve passagem por questões familiares.
A segunda passagem no Grêmio veio em 2012, após ficar dois anos parado. Mesmo levando a equipe ao segundo lugar no Campeonato Brasileiro, não teve o seu contrato renovado e deixou a equipe em dezembro.
Livre no mercado, Renato assumiu o comando do Fluminense pela 4ª vez, em 2013. Porém, ao ser eliminado nas semifinais do Campeonato Carioca pelo Vasco e com consequência de resultados negativos na Copa do Brasil, foi demitido em 2 de abril de 2014.
O retorno ao Grêmio aconteceu em setembro de 2016. No entanto, a terceira passagem pelo clube onde já era ídolo como jogador, foi de glórias e conquistas.
Já no dia 7 de dezembro foi pentacampeão da Copa do Brasil. Na ocasião, ficou marcado como o treinador que conseguiu dar fim ao jejum de 15 anos sem títulos de expressão nacional do Grêmio.
Antes daquela edição da Copa do Brasil, o último título do clube porto-alegrense havia sido o Campeonato Gaúcho de 2010.
O auge veio em 2017. Renato viveu o auge de sua carreira ao conquistar a Copa Libertadores. Nos dois jogos da grande final contra o Lanús, a equipe foi superior em ambos. Além desses títulos, Renato conquistou também o bicampeonato da Recopa Sul-Americana do Grêmio.
Em 30 de novembro de 2020, na vitória por 2 a 1 sobre o Goiás, Renato se tornou o treinador com mais jogos na história do Grêmio com 384 jogos, superando Oswaldo Rolla, e recebeu uma homenagem do presidente Romildo Bolzan pela marca.
O Grêmio foi eliminado da fase preliminar da Libertadores, antes da fase de grupos, e Renato Gaúcho deixou o clube. Foi a pior participação do clube na história da competição, e o comandante optou por pedir demissão.
Na passagem, o técnico ficou quatro anos e meio no Grêmio, tendo vencido a Copa do Brasil de 2016, a Copa Libertadores de 2017, a Recopa Sul-Americana de 2018, os Campeonatos Gaúchos de 2018, 2019 e 2020 e a Recopa Gaúcha de 2019.
Ao todo, somando as suas três passagens pelo clube gaúcho, Renato tem 411 jogos, obtendo 212 vitórias, 110 empates e 89 derrotas, sendo o recordista de jogos comandados.
Renato, entretanto, seguiu ativo no futebol e assumiu o comando do Flamengo. O clube havia recém-demitido Rogério Ceni, mas anunciou a chegada do ídolo gremista. Portaluppi se tornou o treinador com melhor início de trabalho na história do Flamengo nos primeiros 16 jogos (89,6# de aproveitamento).
No entanto, o clima que estava bom começou a ficar delicado com a eliminação na Copa do Brasil para o Athletico. Ele chegou a colocar seu cargo à disposição. A direção, contudo, optou por deixá-lo devido à decisão da Libertadores.
Em 29 de novembro, um dia após a derrota na final da Copa Libertadores, contra o Palmeiras, Renato foi demitido do clube.
Quase um ano longe da profissão, Renato acertou seu retorno ao Grêmio – sua quarta passagem. Em 8 de abril de 2023, Renato Gaúcho foi homenageado pelo Grêmio, com uma placa e uma camisa em comemoração aos 700 jogos disputados pelo Tricolor como jogador e técnico.
Ao todo, ele tem 437 partidas (retrospecto de 230 vitórias, 115 empates e 92 derrotas) como treinador, além dos 262 duelos (146 triunfos, 77 resultados de igualdade e 49 reveses) como jogador.
Títulos conquistados por Renato Gaúcho como treinador
Fluminense
- Copa do Brasil: 2007
Grêmio
- Copa do Brasil: 2016
- Copa Libertadores da América: 2017
- Recopa Sul-Americana: 2018
- Campeonato Gaúcho: 2018, 2019, 2020, 2023 e 2024
- Recopa Gaúcha: 2019 e 2023
Prêmios individuais
- Melhor treinador da Copa Libertadores da América: 2017
- Prêmio Goal Brasil – Melhor Treinador: 2017
- Seleção do Campeonato Gaúcho (Melhor treinador): 2018 e 2019
Recordes e marcas de Renato Gaúcho
- Treinador com mais jogos no comando do Grêmio: 411 jogos
- Treinador com mais vitórias na história da Copa Libertadores da América: 50 vitórias
Estatísticas como treinador
Equipe | Jogos | Vitórias | Empates | Derrotas | Aproveitamento |
Fluminense | 202 | 87 | 52 | 63 | 51.65% |
Madureira | 16 | 5 | 2 | 9 | 35.42% |
Vasco | 138 | 61 | 39 | 38 | 53.62% |
Bahia | 40 | 24 | 8 | 8 | 66.67% |
Grêmio | 508 | 268 | 128 | 112 | 61.15% |
Athletico | 14 | 4 | 5 | 5 | 40.48% |
Flamengo | 38 | 25 | 8 | 5 | 72.81% |
Total | 862 | 419 | 224 | 218 | 57.27% |
Vida pessoal
Renato Gaúcho, além de sua impressionante carreira no futebol, também é conhecido por sua vida pessoal marcante. O treinador é casado com Carla Cavalcanti, com quem compartilha uma longa história de amor e parceira, e pai de três filhos: Carol Portaluppi, que é uma figura bastante conhecida nas redes sociais e mídias sociais, além de atuar como modelo; Monique Portaluppi; e Renatinho Portaluppi.
Fora do campo, Renato Gaúcho é conhecido por seu estilo de vida extravagante e suas aparições públicas marcantes. Ele é frequentemente visto em eventos sociais e festas, desfrutando da vida noturna e do glamour que o acompanha como uma figura pública proeminente.
Além disso, curte jogar futevôlei e frequentar as praias de Ipanema, quando vem ao Rio de Janeiro. Ele, inclusive, foi campeão do Mundial de Futevôlei 4 por 4 em 2012 e 2013.
Polêmicas
Renato Gaúcho é conhecido por suas declarações francas e muitas vezes controversas na mídia. Suas opiniões contundentes geram debates e polêmicas, especialmente quando envolvem críticas a colegas de profissão, jogadores ou árbitros.
Ao longo de sua carreira como técnico, teve desentendimentos públicos com dirigentes de clubes, resultando em conflitos e tensões dentro das instituições.
Suas demandas por reforços, disputas contratuais e questões de gestão muitas vezes se tornaram assuntos de debates acalorados na imprensa esportiva.
Também esteve envolvido em algumas situações polêmicas fora dos gramados, incluindo relatos de comportamento inadequado em eventos sociais e festas.
Embora muitas dessas histórias possam ser exageradas ou mal interpretadas pela mídia, elas contribuíram para alimentar especulações e fofocas sobre sua vida pessoal.
Apesar de sua vida pública, Renato Gaúcho também valoriza sua privacidade e intimidade. Ele tenta manter um equilíbrio saudável entre sua vida profissional e pessoal, reservando tempo para sua família e momentos de lazer longe dos holofote.
Como treinador, Renato Gaúcho já teve suas decisões táticas questionadas por torcedores, jornalistas e até mesmo por ex-jogadores. Suas escolhas de escalação, substituições e estratégias de jogo nem sempre foram bem recebidas pelo público, levantando críticas e debates sobre sua competência e capacidade como técnico.
Isso gerou alguns desentendimentos com membros da imprensa esportiva, especialmente quando suas declarações foram interpretadas de forma negativa ou sensacionalista. Esses conflitos ocasionalmente resultaram em trocas de farpas públicas e em um clima de tensão entre o treinador e os jornalistas.
Por fim, Renato Gaúcho também é conhecido por sua personalidade provocadora e suas brincadeiras com rivais e adversários. Seus apelidos irônicos e provocações em campo e fora dele muitas vezes geraram controvérsias e alimentavam rivalidades no mundo do futebol.
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