Surpresa em Paris, saiba quem é a ginasta Júlia Soares do Time Brasil
Embora os holofotes estivessem voltados para Rebeca Andrade, outra ginasta roubou a cena nas apresentações na Bercy Arena, em Paris, na noite de domingo. Júlia Soares foi ovacionada pela torcida ao apresentar uma coreografia misturando Raça Negra e a cantora francesa Édith Piaf.
Estreante em Olimpíadas, a paranaense de 18 anos também conseguiu vaga inédita na final da trave. Júlia ainda busca, junto à seleção brasileira de ginástica artística, a medalha por equipes nos Jogos Olímpicos.
Quem é Júlia Soares?
Incentivada pelo pai a praticar uma atividade esportiva ainda na infância, Júlia começou sua carreira treinando no Centro de Excelência em Ginástica do Paraná, em Curitiba. Lá, inclusive, foi a casa de nomes como Daiane dos Santos.
A jovem rapidamente chamou a atenção da treinadora ucraniana Iryna Ilyashenko e foi submetida a testes de força e agilidade, entrando definitivamente para o esporte de alto rendimento.
Desde 2018, com apenas 12 anos, a ginasta foi se destacando em competições nacionais e internacionais: tornou-se campeã Sul-Americana Júnior na trave, ficou em quinto lugar no individual geral do Campeonato Brasileiro de Aparelhos, além de bronze na trave e no solo. Júlia foi selecionada para representar o Brasil no Campeonato Mundial Juvenil.
Seu primeiro grande resultado internacional foi em 2022, quando conquistou a medalha de ouro na etapa de Baku da Copa do Mundo de ginástica artística. Além disso, subiu ao topo do pódio quatro vezes no Sul-Americano.
Em 2023, Júlia fez parte da equipe brasileira que conquistou a medalha inédita de prata no Campeonato Mundial de ginástica artística, que garantiu vaga do Brasil em Paris.
Também esteve com a seleção brasileira na disputa de seus primeiros Jogos Pan-Americanos, obtendo a prata por equipes e ficando em quarto lugar no solo.
Júlia Soares em Paris
A brasileira ficou mundialmente conhecida na tarde do último domingo, quando fez sua estreia em Jogos Olímpicos. Em sua apresentação na trave, a ginasta utilizou o elemento que é a sua marca registrada: o “Soares”, uma entrada na trave em vela com meia pirueta.
O elemento foi registrado pela jovem em 2021 e entrou para o código da Federação Internacional de Ginástica (FIG), pois não havia sido feito anteriormente por atletas da modalidade.
A apresentação garantiu o oitavo lugar e a classificação às finais, e foi classificada como “absurda” e “impecável”, totalizando a nota de 13.800.
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