Futebol365 Entrevista

Sucesso do futebol alemão, Danilo Soares relembra início difícil na carreira e revela sonho de jogar no Atlético-MG

Danilo Soares pode não ser famoso no Brasil, mas é um nome bastante conhecido na Alemanha, onde fez quase toda a carreira profissional. O lateral-esquerdo, que deixou recentemente o Bochum para jogar no FC Nürnberg, concedeu entrevista exclusiva ao 365Scores e reforçou seu sonho de carreira: atuar no Atlético-MG.

“Sim, ainda tenho esse sonho, o Atlético-MG é o meu time de infância. Mas sei que no Brasil as coisas são um pouco mais complicadas, é mais difícil ter a estabilidade que tenho na Alemanha. Estou feliz no futebol alemão e animado para começar esse novo desafio no Nürnberg.”

Apesar de sonhar em jogar no time mineiro, Danilo Soares teve seu nome ligado a outros clubes do Brasil na última janela, como Grêmio e Bahia. No entanto, o lateral ressaltou que sua vontade atualmente é seguir no futebol alemão.

“Até vi algumas notícias sobre isso, mas meu principal objetivo sempre foi seguir na Alemanha na sequência da minha carreira”.

Ainda sobre futebol brasileiro, Danilo revelou que tem o costume de assistir aos jogos e ainda pontuou a principal diferença com a Alemanha: o estilo de jogo. Além disso, analisou a carência da posição lateral no Brasil.

“A maior diferença para mim é no estilo de jogo. Na Alemanha, eles focam bastante na qualidade e na construção do jogo, com ênfase na parte tática e na disciplina. Também é diferente do futebol da Áustria, onde o jogo é um pouco mais físico”.

“Tivemos laterais nos últimos anos da Seleção Brasileira que fizeram história no futebol, como Cafu e Roberto Carlos. Mas acredito que os laterais que temos atualmente são bons e vão ser importantes para o Brasil nesse novo ciclo, principalmente agora durante a Copa América“.

Até se firmar na Alemanha e se tornar um dos principais destaques, Danilo Soares teve um início no futebol bastante conturbado e inusitado. Ele se arriscou em outras profissões antes de tentar virar jogador, além de tomar algumas negativas. Além disso, entrou em depressão por conta de problemas familiares.

“Meu início foi meio complicado. Antes de virar começar minha carreira, cheguei a trabalhar em restaurantes e até como fotógrafo para conseguir juntar algum dinheiro. Nessa tentativa de virar jogador, fiz algumas escolinhas na cidade de Venda Nova e realizei testes no Cruzeiro, mas não deu certo. Depois, meus pais se separaram e acabei entrando em depressão. Fiquei bem mal com isso, só ficava em casa nesse período. Não ia mais para o colégio e parei de jogar futebol”, começou

“Só depois de uns seis meses, com ajuda de remédios, voltei a ir para aula. E no colégio, conheci minha esposa, que me incentivou a voltar a jogar. Aí comecei a jogar em times de várzea de Minas até que um amigo meu me apresentou um empresário que estava levando jovens jogadores para a Holanda, então fui para lá”, finalizou.

Danilo Soares
Sebastien Haller, do Borussia Dortmund, e Danilo Soares, do VfL Bochum – Foto: Dean Mouhtaropoulos/Getty Images

No entanto, apesar de ter realizado o sonho de muitos em jogar na Europa, a vida de Danilo Soares não foi fácil. Natural de Belo Horizonte, o jogador de 32 anos chegou ao Velho Continente em 2010 para atuar na Áustria.

“Minha ida à Europa foi um grande desafio. Na Holanda, as coisas não deram certo, mas conheci um empresário austríaco que me levou para fazer uns testes no Austria Lustenau, onde fui aprovado e pude iniciar minha carreira. A adaptação foi um pouco difícil, principalmente por causa do idioma e da cultura. Mas com o tempo, fui me acostumando com o futebol local e a vida lá. Quando fui para a Alemanha jogar no Ingolstadt, também passei por essas mesmas dificuldades, mas felizmente o clube tinha alguns brasileiros no elenco que me ajudaram a me adaptar ao país”.

Danilo Soares se prepara para a próxima temporada no Nürnberg – Foto: Divulgação/Nürnberg

Danilo Soares chegou ao Ingolstadt em 2013 e ficou até 2016. No entanto, a passagem do jogador foi marcada por uma grave lesão, que o afastou dos gramados por um longo período. Questionado sobre se pensou em largar o futebol, o lateral exaltou sua família, que não o deixou desistir.

“Durante meu tempo no Ingolstadt, tive problemas no osso de um dos pés. Precisei fazer duas cirurgias e levei quase dois anos para me recuperar totalmente. Foi um período extremamente difícil, mas sempre contei com apoio da minha família para me manter focado na recuperação”, revelou.

“Foi um processo longo e sofrido. Passei por muitas sessões de fisioterapia e reabilitação. Depois de sair do Ingolstadt, fui para o Hoffenheim, mas não consegui jogar muito devido aos problemas no pé. O time também já estava bem encaixado, então tive pouco espaço. Eu sabia que precisava de ritmo de jogo, então fui para o Bochum, onde pude retomar minha carreira. Lá, fui abraçado pelo clube e pelos torcedores, pude reencontrar minha melhor forma e me tornei uma peça importante do time.

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Nathalia Gomes

Formada em Jornalismo desde 2016, sou uma gaúcha no Rio que tem forte ligação com tênis e futebol desde pequenininha. Também acompanho de perto a vida e rotina de Gabriel Medina! Ah! Além de jornalista, também sou a mamãe do Joca :)

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