Serie A: qual o significado dos mascotes de cada clube italiano?
Hoje em dia é difícil encontrar um clube que não tenha um mascote que o represente. Tendo a mesma importância que os escudos, os mascotes, em diversos casos, possuem uma história interessante por trás. O cenário não é diferente para os times da Itália.
Assim, a equipe do 365Scores resolveu explicar o significado e a origem dos mascotes das principais equipes italianas de futebol. No país, inclusive, eles são utilizados com frequência como símbolos em mosaicos feitos pelas torcidas antes do apito inicial.
Significado dos mascotes de cada clube da Itália:
Milan – Milanello (Diabo)
O Diabo está na história do Milan praticamente desde a criação do clube. Isso porque Herbert Kiplin, jogador e um dos fundadores da equipe rubro-negra, sugeriu que a imagem da divindade os representasse.
Em 1899, o ex-atleta defendia as cores do Torino e perdeu, naquele ano, o título do Campeonato Italiano para o Genoa. Após o resultado, Herbert revelou ao capitão de seu time que ele iria para Milão no intuito de criar um clube forte e que causasse medo nos adversários.
Por isso, começou uma comparação entre Milan e o diabo, ambos representados, inclusive, pelas cores vermelha e preta. Em 2006, o Rossonero decidiu por oficializar a criatura como mascote e criou Milanello, uma versão menor da figura, o “diabinho”, que está sempre presente nos estádios para animar a torcida.
Inter de Milão – Biscione (Cobra)
Um dos principais clubes do mundo e da Itália, a Inter de Milão possui ligação com a Cobra desde o período entre as duas guerras mundiais. Benito Mussolini, um dos ditadores da época, tinha influência na sociedade do país, mas também no esporte e nos clubes de futebol.
Assim, em 1929, o regime fascista dele impôs que mudanças fossem feitas na Internazionale, que precisou até mesmo se renomear na época, ficando conhecida como “Ambrosiana”. Além disso, o time precisou de uma nova identidade, mudando o escudo de forma que refletisse no regime de Mussolini.
O novo emblema era composto por um feixe de madeira, símbolo do fascimo italiano, no centro, e outros dois escudos nas extremidades. O primeiro era o símbolo da cidade de Milão, no intuito de manter a ligação entre o clube e seu local de surgimento, enquanto o segundo apresentava uma “Biscione”, serpente azulada que fazia alusão à família Visconti, fundadora da Inter.
Ao passar dos anos, mesmo com o término do período fascista e o retorno do nome do clube para “Football Club Internazionale Milano”, a cobra continuou a ser usada pelo time e pelos próprios torcedores. Passou a ser uma das identidades visuais da Nerazzurri.
Juventus – Jay (Zebra)
Inicialmente, assim como o Torino, a Juventus era representada por um touro, No entanto, em 1929, a Velha Senhora lançou um ícone de uma zebra sobre duas patas, criado por Carlo Bergoglio. O animal foi escolhido pelo time italiano justamente por conta da semelhança das cores (preto e branco).
Em 2015, a Juve adotou a zebra como mascote oficial do clube e criou Jay, nome do animal responsável por animar seus torcedores antes e durante as partidas.
Uma curiosidade é que o mascote da Juventus é melhor amigo de Berni, urso que representa o Bayern de Munique. Sempre que os times se enfrentam, os dois se encontram e, normalmente, passeiam pela cidade onde o jogo é realizado.
Roma – Lobo
Além de carregar o nome e as cores da cidade em que se situam, a Roma optou também por levar o símbolo que representa a capital italiana, um lobo, como mascote. Vale lembrar, inclusive, que o escudo do time tem a imagem do animal.
De acordo com um mito que conta a história da fundação da cidade, Rômulo e Remo, filhos do deus Marte, foram jogados – dentro de uma cesta – no rio Tibre. Eles encalharam na zona das setes colinas, onde uma loba chamada Luperca os achou, resgatou e amamentou.
Pouco tempo depois, os irmãos foram resgatados por um pastor, e quando se tornaram adultos precisaram disputar para decidir onde seria fundada uma nova cidade. Rômulo venceu, e assim nasceu Roma.
Napoli – Pino (Burro)
O Napoli foi fundado em 1922 e teve, como primeiro mascote, um cavalo persona branco que era ilustrado no escudo. O animal foi escolhido pelos fundadores por ser o símbolo da cidade e do antigo Reino das Duas Sicílias.
No entanto, no primeiro ano do time italiano na elite do futebol local, o Napoli somou apenas um ponto no Grupo A e a cidade zombou da situação, dizendo que “o cavalo estava mais para um burro despojado”. Os torcedores abraçaram o animal e fizeram com que ele se tornasse um símbolo do clube.
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