Na tarde deste domingo (24), o presidente do Atlético-MG, Sérgio Coelho, deu detalhes da demissão do técnico Felipão no início da semana passada e também do processo para a contratação de Gabriel Milito.
“Nós acreditamos que teremos um resultado bacana no fim de semana. Primeiro, o Felipão é um técnico que trabalha muito. Ele não conseguiu acertar o time, mas não foi por falta de trabalho. Durante a semana, nossa comissão fixa deu prosseguimento aos treinamentos. Amanhã, o Milito já comanda os treinos. Sempre que há uma mudança dessas, o grupo dá uma movimentada para melhor. Muitos que estavam na reserva ficam animados para ter uma chance. Os titulares vão trabalhar mais para que não percam sua titularidade. No momento, esse é o título mais importante do ano”, afirmou o mandatário em entrevista à “Itatiaia”.
“Deveríamos ter feito isso logo que o demitimos, talvez com uma entrevista coletiva. Mas eu preferi que não fizéssemos. Nós acreditávamos que o Felipão acertaria o time. No domingo, saí do vestiário e sempre digo que não tomo decisões em 24 horas. Fui para casa e pensei muito, falei com pessoas que não são do comitê de futebol. Seis pessoas da minha confiança, do futebol, achavam que deveríamos trocar. Queria ouvir para depois levar para o comitê. Depois, marquei reunião para terça, nos reunimos por duas horas, tomamos todos os cuidados possíveis quando decidimos demiti-lo”, contou Sérgio Coelho.
Quando a decisão de demitir Felipão foi tomada, o técnico e seu auxiliar Carlos Pracidelli não estavam em Belo Horizonte. O comandante dava uma palestra em Tiradentes, cidade do interior de Minas Gerais, e foi convidado pelo presidente para uma reunião.
“Pedi ao meu assessor para que entrasse em contato com ele. Ele estava em São João del Rei, e perguntei se ele me receberia lá mesmo, para ele não ficar sabendo pela imprensa. Aguardamos ele chegar, o Victor estava vindo de Assunção, nos reunimos com ele das 9h até as 10h30, alto nível. Conversamos muito, falamos do elenco, tudo que tínhamos que falar. Foi muito amigável, com respeito, o convidei para que ele fosse à Cidade do Galo para se despedir dos atletas, ele aceitou. Fomos lá e conversamos com os funcionários, atletas, tudo ocorreu com muita harmonia”, disse Sérgio Coelho, que em seguida detalhou a busca por Gabriel Milito.
“Dali para frente, pensamos em um novo treinador. Falaram que foi dividida a decisão de demitir o Felipão, mas foi unânime. As pessoas mudam de ideia durante o debate. Se houvesse divergência não teria nada de errado. Pedi para o gerente do CIGA, Rodrigo Weber, para que nos apresentasse nomes de treinadores que entendessem o modelo de jogo que queríamos e ele levantou 25 nomes. Analisamos todos e achamos o do Milito o ideal”, finalizou.
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