Scaloni não quer clima de guerra em clássico e fala sobre casos de racismo
O técnico Lionel Scaloni, da Argentina, disse que não quer clima de guerra no clássico entre Argentina e Brasil pelas Eliminatórias Sul-Americana, e espera atitudes amigáveis dos jogadores. As seleções entram em campo nesta terça-feira (25) pela 14ª rodada do torneio.
“Não me aprofundei nas declarações dos jogadores, só vi que comentaram algo. É Argentina x Brasil, é sempre um jogo importante, mas é um jogo de futebol. Me recordo da imagem depois da final da Copa América de 2021, Leo sentado na escada do Maracanã com Neymar e é essa a imagem que temos que ter. Ela diz tudo, o melhor jogador do mundo e possivelmente o segundo melhor do mundo juntos e sendo amigos. Essa é a imagem que temos que ter”, iniciou o treinador.
“É um jogo de futebol, são 90 minutos dentro de campo que cada um quer ganhar e depois do jogo todos temos um conhecido, um amigo brasileiro. Eu joguei com um monte e me dou bem com todos. Não tem porque sair disso e não vai sair”, seguiu.
A fala de Scaloni acontece após a fala de Raphinha em entrevista a Romário TV. O jogador brasileiro prometeu ‘porrada’ nos jogadores argentinos dentro de campo e se necessário fora dele também. A declaração gerou polêmica e não foi bem recebida na Argentina.
Outro tema na coletiva de Scaloni foi o racismo. Guilherme Arana, lateral do Brasil, disse que a Canarinho não iria tolerar atitudes racistas e que tomariam as providências caso ocorressem. O treinador argentino comentou sobre e disse o que espera do torcedor argentino.
“A respeito do racismo, logicamente não devemos ter, na nossa cabeça não existe esse termo, essa palavra e esperamos que quem for ao estádio vá para apoiar a Argentina e os brasileiros torcendo por eles, nada além disso. Esse é um tema que não deve ser diferente disso”, analisou Scaloni.
“É sempre um jogo lindo para se jogar. Sempre foi especial porque se enfrentam duas das melhores seleções do mundo. E depois do jogo, como disse antes, segue a amizade que você pode ter com brasileiros, uruguaios, quem seja do outro lado. Sempre foi assim, dentro do campo éramos rivais e fora amigos. Creio que é assim que tem que ser. Tenho grandes lembranças, como tenho lembranças ruins. É o normal para esses grandes jogos. Espero que amanhã seja mais um desse, que as pessoas desfrutem do jogo e saia tudo bem”, finalizou.
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