Relembre os maiores rivais da carreira de Pelé
Na tarde da última quinta-feira (29), Pelé faleceu em São Paulo. Além de toda sua história e seus súditos, o Rei também deixou vários rivais na Terra enquanto atuava nos gramados.
Romário
Autor de uma das frases mais famosas sobre o camisa 10 ao rebater Pelé, Romário disse que o ex-jogador “calado é um poeta”. O episódio aconteceu em 2005, após ser aconselhado pelo ex-Santos a encerrar a carreira. “A gente já sabe que o Pelé só fala m****. Ele deveria se meter só na vida dele; tinha que colocar um sapato na boca”, disse. Quando foi perguntado sobre o caso em 2020, o Rei amenizou a questão. “Eu agradeço ao Romário, porque poeta é uma coisa importante”, riu.
Eusébio
Conhecido como Pelé Europeu na década de 1960, Eusébio foi o maior destaque da Copa do mundo de 1966 com nove gols marcados. Em 1961, durante o Torneio de Paris, o Santos de Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe abriu vantagem de cinco gols contra a seleção portuguesa enquanto sua principal estrela estava no banco de reservas. Com apenas 19 anos, ele entrou em campo e fez três gols no Peixe em 20 minutos, mas o jogo terminou 6 a 3.
Os dois voltariam a se encontrar em outras oportunidades, sendo a primeira já em 1962, quando o Santos se tornaria campeão mundial sobre o Benfica. Posteriormente, se enfrentaram em amistosos e também no Mundial de 1966, quando o português fez dois gols e foi o carrasco da eliminação da seleção brasileira ainda na fase de grupos
Vicente
Outro português, reconhecido pelo brasileiro como o melhor defensor que já defendeu, Vicente Lucas é uma lenda do Belenenses. Durante um amistoso contra o Brasil, ele foi tão dominante na vitória por 1 a 0, que no dia seguinte um jornal estampou a manchete “Vicente meteu Pelé no bolso”.
Garrincha
Mais específico, Garrincha foi parceiro e rival de Pelé Na Seleção, formaram uma dupla imbatível e nunca perderam nos 40 jogos que disputaram juntos. Entretanto, em seus clubes, foram adversários por quase uma década. O auge da rivalidade foi em 1963, quando o Botafogo de Mané era bicampeão carioca e um dos únicos a fazer frente ao Santos de Pelé, tricampeão paulista e já dono do mundo. Mas o Rei levou a melhor nas duas decisões que disputaram (final do Brasileiro e semifinal da Libertadores)
Beckenbauer
Líbero de classe e extrema qualidade, Beckenbauer teve grades embates com Pelé. Em uma das partidas, em 1968, o brasileiro deu uma caneta no alemão e o deixou jogado no chão. Por outro lado, o europeu venceu todos os títulos possíveis em mais de uma década com o Bayern de Munique. Quase uma década depois do duelo com o Rei, foi reencontrá-lo nos Estados Unidos, em 1977, onde jogaram juntos no New York Cosmos.
Aldemar
Considerado um dos melhores zagueiros que Pelé já enfrentou, Aldemar fez história por Palmeiras, Vasco e Santa Cruz. Sua principal atuação foi no terceiro jogo desempate do Supercampeonato Paulista de 1959, no qual marcou Pelé no Pacaembu. Apesar de um gol do Rei, o defensor conseguiu marcá-lo e o Verdão levou o título com o placar de 2 a 1.
Vitor Ratautas
Um dos maiores rivais de Pelé, Vitor Ratautas também foi um zagueiro que fez sucesso em território paulista. Pelo São Paulo, entre 1954 e 61, foi considerado como um dos grandes marcadores do Rei do Futebol. Diferentemente de outros algozes, o camisa 10 não gostava da brutalidade do marcador e deixou claro após deixar de marcar um gol por que o tricolor Roberto Dias tinha se deitado em sua frente para impedir o chute. “Se fosse o Vitor Paulada, com certeza teria chutado a bola e sua cabeça”, disse.
Maradona
Alguns argentinos juram que o camisa 10 foi o maior da história, o que já o torna ou dos grandes rivais de Pelé. Ainda que não tenham jogado na mesma época, a relação entre os dois foi cheia de discussões e reconciliações até se acertarem. Em 2000 ambos estiveram no mesmo palco para receber da Fifa o prêmio de melhores jogadores do Século XX, o que aumentou a rivalidade. A trégua veio em 2005, quando o Rei foi em um programa na TV argentina com direito a uma tabela de cabeça.