Rebeca Andrade se classifica para cinco finais e lidera equipe brasileira em Paris
O Brasil fez sua estreia na ginástica artística na Olimpíada de Paris na tarde deste domingo (28) com Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Júlia Soares. A equipe brasileira brilhou e conseguiu a classificação para a decisão por equipes, além de três atletas terem se classificado para o individual das modalidades.
Sob o comando de Rebeca Andrade, o time brasileiro rumou à classificação para a final por equipes. Além disso, a ginasta garantiu sua vaga nas finais do individual geral, salto, trave e solo. Com cinco finais, ficou fora apenas da decisão das barras assimétricas.
Inclusive, seu solo, sempre aguardado pela torcida brasileira por conta da trilha sonora, não deixou a desejar nesse quesito: a atleta misturou Beyoncé, Anitta e funk para uma apresentação que fez com que a plateia da arena ecoasse o nome da ginasta após a participação. Veja abaixo:
Por sua vez, Flávia Saraiva fará companhia a amiga no individual geral, e Júlia Soares, caçula da seleção com 18 anos, se classificou para a final de trave. O detalhe é que Simone Biles também não conseguiu nota para a final das barras assimétricas, e estará exatamente nas mesmas decisões de Rebeca.
Saltos
Rebeca Andrade foi a única atleta do Brasil a dar dois saltos e, portanto, a única com o objetivo de se classificar para a final do aparelho. Última a saltar, abriu com um Cheng, no qual dá uma rondada com meia volta antes de chegar à mesa e segue dando uma pirueta e meia no ar. Na aterrissagem, deu um passo largo para o lado na chegada e pisou fora. Ainda assim, tirou um notão, 14.900.
Para o segundo salto, optou pelo DTY, o Yurchenko com dupla pirueta, um salto mais simples, mas que foi extremamente bem executado. Tirou 14.466 e ficou com 14.683 de média, atrás apenas de Simone Biles, garantindo a classificação para a final dos saltos, onde deve ser mais ousada.
O Brasil somou 42.733, ficando atrás apenas dos Estados Unidos nos saltos.
Barras assimétricas
A série linda de Rebeca Andrade e sua saída cravada não foram suficientes para colocá-la na final do aparelho, logo o seu favorito. Com uma falha de postura em uma parada de mão, perdeu décimos importantes na ligação dos movimentos. Mesmo assim recebeu uma boa nota 14.400, alta e importante para a equipe e para suas pretensões no individual geral.
Ficou em nono, apenas 0,033 atrás justo de Simone Biles, em oitavo com a nota 14.433.
Flavinha praticamente cravou sua série nas barras e conquistou um ótimo 13.800, importante para o time.
Trave
O Brasil terá duas finalistas na trave: Júlia Soares, que teve 13.800, e Rebeca Andrade, que obteve 14.500, e se classificou atrás apenas de Simone Biles e da chinesa Yaqin Zhou.
Solo
No solo, Júlia Soares teve um solo cravado ao som de Milord, da francesa Edith, e o pagode Cheia de Manias, do Raça Negra. Levantou a arquibancada em uma grande estreia e recebeu 13.500.
A veterana Jade Soares, de 32 anos, mostrou charme e competência com sua série, ao som de “Baby One More Time”, de Britney Spears, e fez a mesma nota de Júlia, 13.500.
Em seguida, Flávia Saraiva levantou brasileiros e franceses com sua série ao som de uma música típica de cancan, dança famosa dos cabarés tradicionais da França, e recebeu 13.166, a nota de descarte.
Por fim, Rebeca Andrade encerrou o dia com Beyoncé, Anitta e funk. Ficou com a segunda melhor nota entre todas as ginastas, 13.900, atrás apenas dos 14.600 de Biles.
Reação do público
Pelas redes sociais, os torcedores brasileiros têm vibrado com as performances das ginastas. Em publicação no X (antigo Twitter), as pessoas demonstraram seus entusiasmos.
“A Rebeca Andrade é diferenciada”, declarou uma internauta.
“Pausa para apreciar esse collant maravilhoso nessas maravilhosas”, elogiou outra. “
Quando a Rebeca sai cravado assim me dá vontade de dar uns 30 mortais e 10 carpados”, brincou uma terceira.
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