Em sua primeira coletiva desde que foi eleito novo presidente do Vasco, Pedrinho não escondeu sua frustração acerca da distância com a 777 Partners, empresa responsável pela SAF do clube. Ele afirma que não pode externar algumas decisões por conta de cláusulas de privacidade.
“Não posso falar. Posso falar sobre a relação. Existe uma relação fria. Muito mais de registros, do que de interação. Mas Pedrinho, você não disse que seria proativo? Fui proativo. Dei minha opinião sobre o diretor executivo, dei minha opinião. Me pediram a liberação de um projeto que estava preso desde março, foi pedido numa quinta-feira de dezembro, e na sexta-feira, de manhã, já estava liberado R$ 4 milhões do projeto incentivado – três para a base e um para o feminino”, iniciou.
Nunca vou colocar minha insatisfação na frente do Vasco. Com relação ao contrato, eu não concordo com o contrato esportivo, que possui cláusulas de confidencialidade – onde o torcedor é o maior patrimônio e não tem acesso. Isso é uma opinião minha. Tenho limitações contratuais. Torcedor, quando eu vou falar do que eu posso, do paralímpico, falam que não querem saber disso. Mas eu quero saber. Porque temos 80 funcionários, tenho o basquete de base. Tenho futebol de salão. O Vasco é o clube da inclusão. Como não se importam com o associativo. Quando me comunico sobre esses assuntos, não querem saber. Querem que eu fale de futebol. E do futebol, eu não posso falar. Espero que entendam isso. Querer é uma coisa, poder é outra.
Pedrinho
Segundo o mandatário, há pouca participação nas decisões e menor autonomia em determinados temas. Pedrinho indica que não sabe o motivo de tamanho distanciamento e sente estranheza com isso. Ainda de acordo com ele, antes de se candidatar a presidente, recebeu proposta da SAF para cargo importante na parte esportiva. Sua expectativa era de que, quando eleito, tivesse papel ainda maior.
“Eu não posso, por mais que eu seja sócio minoritário, obrigar alguém a nada. Não estou incomodado que não estou participando do futebol, estou incomodado que poderia estar ajudando. Se eu tenho um sócio, que quis contratar lá atrás, e esportivamente não estou desempenhando, seria natural que eu tivesse uma conversa em relação a isso”, iniciou.
“Conversa não é mensagem faltando 15 minutos para comunicar. Faz parte de um planejamento. Isso não aconteceu. Respeito, mas não concordo. Não fiz parte de contratações, dispensas e tudo. Não estou fugindo de responsabilidades, se eu saí de onde saí, sabia das responsabilidades. Infelizmente, não participo dos processos. Mas gostaria de ser cobrado pelo o que eu participo”, completou.
Um dos aspectos de maior crítica da torcida é a lentidão no processo de contratações. Para Pedrinho, é importante que a SAF entenda que o clube é prioridade. “Esportivamente, acho que poderia colaborar. É uma opção deles. O que as pessoas têm que entender é que o Vasco está acima de todos. Uma SAF, as pessoas esperam um projeto a curto-médio prazo. Quando você fala ‘médio a longo prazo’, eu acredito que eu conseguiria restruturar sem uma empresa. Uma empresa com aporte, esperamos umas situações mais aceleradas”, disse.
Confidencialidade para contratações
De maneira descontraída, Pedrinho reforçou que não pode opinar sobre os movimentos feitos pela SAF. “Sobre contratações, eu não posso falar. Só se eu sair e virar comentarista de novo (risos). Mas respeito muito todos atletas que estão lá. Como tivemos uma relação mais fria com a SAF, procurei diretamente os sócios para ter um entendimento da sequência do Vasco esportivamente. Não sei (se causei incômodo na SAF), você tem que perguntar para eles. Não era para causar. Não estou aqui para brigar. Meu compromisso é com o torcedor”, comentou.
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