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Mural em homenagem a Paola Egonu é vandalizado na Itália

A seleção feminina de vôlei da Itália conquistou o ouro nos Jogos Olímpicos de Paris no último domingo (11), e após a conquista inédita, aconteceu a inauguração do mural com homenagem a oposta Paola Egonu, eleita MVP do torneio, em Roma. No entanto, a arte foi vandalizada um dia depois.

Isso porque a pintura mostrava a atleta lançando uma bola na qual se lia a mensagem “pare com o racismo, ódio, xenofobia e ignorância”. Contudo, após o ato de vandalismo, não é mais possível ler a frase. Além disso, a cor da pele de Egonu foi alterada.

Foto: Reprodução

O mural em homenagem a Egonu foi feito pela artista de rua Laika, bem em frente à sede do Comitê Olímpico da Itália. A obra recebeu o nome de “Italianità” (“Italianidade”, em tradução livre).

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“No nosso país, já não há espaço para a xenofobia, o racismo, o ódio e a intolerância. O racismo é uma praga social que deve ser derrotada. Fazer isso por meio do esporte é muito importante. Acredito num futuro de inclusão, acolhimento e respeito pelos direitos humanos. Ser representado por atletas como Paola Egonu, Myriam Sylla (de origem marfinense), Ekaterina Antropova (nascida na Islândia, de origem russa) é uma honra. Vê-las com a medalha mais preciosa dos Jogos Olímpicos pendurada no pescoço enquanto cantam emocionadas o hino italiano é uma alegria imensa. Dedico este cartaz a todos os italianos não reconhecidos como tal pelo nosso Estado”, escreveu Laika.

Capitão da seleção masculina da Itália, o levantador Simone Giannelli foi às redes sociais para protestar contra o vandalismo e exaltar a importância de Egonu: “As pessoas que fizeram isso não merecem ser chamadas assim. São sem coração, sem dignidade e sem humanidade. Paola, não se preocupe com eles, quem for responsável cuidará disso (espero que sim). Você é uma grande campeã olímpica”.

Foto: Reprodução

Vale lembrar que antes de conquistar a medalha de ouro, Egonu foi alvo de ofensas racistas de torcedores italianos. Inclusive, quando tinha 16 anos e atuava pelo Teviso, viu a torcida rival imitar o som de macacos a cada vez que tocava na bola.

Em 2018, Egonu ainda se tornou alvo de homofobia. Isso porque, depois de um jogo, beijou a polonesa Katarzyna Skorupa, sua namorada à época. Mais uma vez, lutou contra as ofensas e cobrou respeito.

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Duda Lima

Formada em Jornalismo e Publicidade e Propaganda na PUC Rio, o esporte sempre esteve presente na minha vida por conta dos meus pais. Na magazine do 365Scores, sou responsável por escrever sobre vôlei feminino e masculino, o futebol em geral, e também sobre os atletas Gabigol, Éder Militão e Gabi Guimarães.

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