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Entenda por que Gabriel Medina é favorito ao ouro na Olimpíada de Paris

O Brasil entrará nos Jogos de Paris na busca por mais um ouro no surfe e possui o grande favorito da disputa ao seu lado: Gabriel Medina. Após a vitória de Italo Ferreira no Japão, a Brazilian Storm vai para a segunda participação do esporte na história das Olimpíadas com ainda mais confiança.

Tricampeão mundial, Medina tem talento e destemor de sobra para as condições pesadas proporcionadas pelas ondas de Teahupoo, no Taiti, onde serão disputadas as baterias da competição. E o seu histórico em eventos no pico confirmam o porquê de ser o principal nome do esporte no local.

Medina já levantou duas vezes o troféu em Teahupoo. Além disso, ficou com o segundo lugar em quatro anos. De 2014 para cá, não houve uma vez sequer que ele não chegou às semifinais. O único adendo é 2022, quando foi ausência por conta de lesão.

A disputa pelo lugar mais alto do pódio, claro, está longe de ser uma tarefa fácil, mesmo para um atleta como Medina. Por exemplo, o havaiano John John Florence, o australiano Jack Robinson e o local Kauli Vaast também são duros concorrentes.

Na etapa de Teahupoo desta temporada do Tour, o brasileiro não avançou à decisão por detalhe. Logo no começo da semifinal, contra John John, o tricampeão mundial caiu na saída de um tubo que seria digno de nota 10. No fim das contas, a onda fez diferença em seu somatório, e o adversário passou de fase.

Medina em Teahupoo

Hoje com 30 anos, Medina entrou em sintonia com Teahupoo cedo. Em 2014, quando ainda tinha apenas 21 anos, o então jovem surfista desbancou Kelly Slater, o maior surfista de todos o tempos e recordista de vitórias no pico, e ficou com o troféu. O triunfo fez parte da campanha de seu primeiro título mundial, conquistado naquele ano.

O bi no evento taitiano veio em 2018, ao derrotar o aussie Owen Wright. Aquela temporada, aliás, consagrou seu segundo título mundial.

Medina comemora vitória em Teahupoo, em 2014
Medina comemora vitória em Teahupoo, em 2014 – Foto: Will H-S/ASP

Histórico forte

Mesmo nos anos que não foi campeão, Medina passou baterias, foi longe nos eventos e mostrou ser diferenciado em condições tubulares e pesadas. Já é uma década chegando – pelo menos – até as semifinais. Confira os resultados de Medina em Teahupoo:

  • 2012: 5º lugar
  • 2013: 13º lugar
  • 2014: 1º lugar
  • 2015: 2º lugar
  • 2016: 3º lugar
  • 2017: 2º lugar
  • 2018: 1º lugar
  • 2019: 2º lugar
  • 2020: não houve evento
  • 2021: não houve evento
  • 2022: não disputou
  • 2023: 2º lugar
  • 2024: 3º lugar

Notas 10

Em Teahupoo, também vale destacar que as performances de Medina já renderam a nota máxima dos juízes em cinco ocasiões. A última, inclusive, foi neste ano: nas oitavas de final, contra Jake Marshall, o surfista dropou uma onda grande, acelerou por dentro do tubo e saiu no momento da baforada.

Olimpíada de Paris

A disputa do surfe será realizada entre os dias 27 de julho e 5 de agosto. Embora os Jogos aconteçam em Paris, o esporte terá suas baterias nas ondas de Teahupoo, no Taiti.

Além de Medina, o Brasil contará com Filipe Toledo e João Chianca na categoria masculina. Já nas provas femininas, Tatiana Weston-Webb, Tainá Hinckel e Luana Silva serão as representantes do país pelas medalhas.

Leonardo Rodrigues

Formado em Jornalismo e pós-graduando em Mídias Digitais e Gestão de Conteúdo. Atuo, sobretudo, com a produção de análises e palpites direcionados para apostas esportivas, além de acompanhar o cenário do surfe.

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