Luis Rubiales renuncia ao cargo de presidente da Federação Espanhola de Futebol
Luis Rubiales anunciou neste domingo (11) sua renúncia ao cargo de presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e seu cargo de vice-presidente da Uefa. Em nota publicada nas redes sociais, o dirigente afirmou que defenderá sua inocência e garante ter fé na verdade. A decisão veio após ter sido acusado de agressão sexual por beijar Jenni Hermoso na boca sem seu consentimento na final da Copa do Mundo feminina.
“Defenderei minha honra. Defenderei minha inocência. Tenho fé no futuro. Eu tenho fé na verdade”, escreveu em um trecho do comunicado.
Rubiales está suspenso pela Fifa provisoriamente por 90 dias desde o último dia 26 de agosto. Ele não pode exercer qualquer atividade relacionada ao futebol. No entanto, neste domingo (10), o dirigente anunciou que não vai voltar ao cargo. A decisão ainda não foi comunicada pela Federação Espanhola, que, no momento, é comandada interinamente por Pedro Rocha.
Após todo o episódio, a jogadora Jenni Hermoso apresentou uma queixa formal contra Rubiales. Agora, o dirigente poderá enfrentar acusações criminais, além da investigação em andamento pelo principal tribunal esportivo da Espanha por “má conduta grave” e do processo disciplinar da Fifa.
Na última terça-feira (05), a RFEF anunciou a demissão do técnico da seleção feminina, Jorge Vilda, apoiador de Rubiales. Já a seleção masculina, na figura de seus capitães, leu um manifesto público contra o agora ex-presidente.
Confira a nota de Rubiales:
“Boa noite.
Hoje transmiti às 21h30 ao Presidente em exercício, Sr. Pedro Rocha, a minha renúncia ao cargo de Presidente da RFEF. Também informei que fiz o mesmo com a minha posição na UEFA para que a minha posição na Vice-Presidência possa ser substituída.
Após a rápida suspensão levada a cabo pela FIFA, mais um processo contra mim, é evidente que não poderei retornar à minha posição. Insistir em esperar e aguentar não vai contribuir para nada de positivo, nem para a Federação nem para o futebol espanhol. Entre outras coisas, porque existem poderes de fato que impedirão a minha volta.
Há a gestão da minha equipe e, acima de tudo, a felicidade que tenho o enorme privilégio destes mais de 5 anos à frente da RFEF. Não quero que o futebol espanhol seja prejudicado por aoda esta campanha tão desproporcional e, acima de tudo, levo isto na decisão depois de ter me assegurado de que minha saída contribuirá para a estabilidade que permitirá à Europa e à África continuar unidos no sonho de 2030, que permitirá ao nosso país trazer o maior evento do mundo.
Devo olhar para frente, olhar para o futuro. Agora há algo que me preocupa firmemente. Tenho fé na verdade e farei tudo esteja em meu poder para prevalecer. Minhas filhas, minha família e o pessoas que me amam sofreram os efeitos da perseguição excessiva, assim como muitas falsidades, mas também é verdade que na rua, cada dia mais, a verdade prevalece. Daqui transmito a todos os trabalhadores, membros da assembleia, federações e pessoal do futebol em geral, um grande abraço, desejando-lhe boa sorte. Obrigado a todos que me apoiaram nesses momentos.”
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