A Polícia Militar de Belo Horizonte bateu o martelo na manhã desta quarta-feira (4) confirmando que a partida entre Cruzeiro e Palmeiras, válida pela penúltima rodada do Brasileirão, será de portões fechados. A decisão foi tida com base no pouco tempo hábil para a montagem de uma operação de segurança.
Com impasse da CBF em virtude do conflito frequente das organizadas de Cruzeiro e Palmeiras, o duelo desta quarta, a princípio, não teria torcida nas arquibancadas do Mineirão. Na noite de terça (3), porém, a entidade cedeu e liberou a venda de ingressos. A liberação foi frustrada pela decisão da PM nesta manhã.
A decisão de marcar o jogo com portões fechados foi tomada no domingo a pedido do governo de Minas Gerais e do MP, que miravam a partida com torcida única e acionou a Justiça comum para a liberação de torcedores do Cruzeiro A CBF, porém, não acatou. Segundo o “ge”, a Raposa pressionou o governo para garantir a segurança e realização da partida com torcida do Palmeiras.
Mateus Simões, vice-governador de Minas, emitiu nota criticando a posição da CBF. Enquanto o Palmeiras briga pelo título do Brasileirão, o Cruzeiro entra em campo precisando vencer para seguir com chances de ir à Libertadores de 2025.
“Somos contrários a fechamento de portões. Nosso pedido foi de torcida única, mas se a CBF determina torcida mista, a decisão final é dela, já que o evento é privado. Infelizmente, na hora de punir o Atlético com perda de mandos de campo a CBF foi rápida. Mas quando é um time paulista a entidade faz vista grossa, colocando o Cruzeiro em risco, e obrigando o pagador de impostos de Minas a financiar a segurança dos vândalos”, iniciou Mateus Simões.
“Uma pena que o Palmeiras ou Flamengo tenham tratamento e benefícios que os times mineiros não recebem. Mas vamos iniciar uma discussão pública e ampla sobre os jogos em Minas. Minas tem a melhor polícia do Brasil e os nossos times contam sempre com a atuação do Estado, mas que fique claro: nenhum criminoso fantasiado de torcedor receberá proteção e esperamos a mesma postura dos clubes”, concluiu.
As torcidas organizadas de Cruzeiro e Palmeiras possuem histórico de conflitos. O mais recente aconteceu em outubro, quando torcedores palmeirenses fizeram uma emboscada contra um ônibus de cruzeirenses. Cerca de 20 pessoas ficaram feridas e uma veio a óbito.
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