“Futebol brasileiro está caminhando para quebrar”, diz presidente do Galo
Com o futebol brasileiro parado desde meados de março, em virtude da pandemia do novo coronavírus, vários clubes vêm fazendo contorcionismos financeiros para tentar driblar uma situação econômica crítica – em muitos casos, crítica antes mesmo da crise de saúde de escala global. Vendo os cofres ficarem vazios, O Atlético-MG vem tentando negociar amigavelmente a saída de alguns jogadores para desonerar sua folha de pagamento, mas o presidente Sérgio Sette Câmara vislumbra um cenário de caos num futuro próximo.
Em longa entrevista ao site “Globoesporte.com”, o mandatário do Galo desde 2017 foi direto ao dizer que, em sua opinião, “o futebol brasileiro está caminhando a passos largos para quebrar” sem as receitas ordinárias de qualquer clube: receitas de jogos; a exposição de marcas patrocinadoras; e os direitos de transmissão das partidas para TVs aberta e fechada. “Está se iludindo quem acha que a volta do futebol vai resolver os problemas. Não vai. Não teremos bilheteria, mas teremos despesas”, diz Sette Câmara, lembrando que os jogos serão realizados sem torcida.
“O time terá de viajar, e o clube vai pagar viagem de avião, hotel… A ficha ainda vai cair para a maioria das pessoas, inclusive na imprensa, então é bom colocar as barbas de molho. Tenho falado sobre isso há algum tempo, mas muitos me criticam. Falam que estou exagerando”, continuou o presidente atleticano, defendendo-se de uma possível fama de pessimista. “Participo de grupos com outros presidentes e tenho conversado na CBF. A verdade é que ninguém tem perspectiva de volta, e o que vier de receita depois do retorno não será suficiente para as despesas dos clubes. Estamos caminhando para uma situação dificílima.”
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Sette Câmara também revelou seu desespero pessoal diante das medidas estudadas no Atlético-MG, como a demissão de mais de 50 funcionários. “É um quadro angustiante, e tenho passado muitas noites sem dormir. Ou você acha que é fácil levantar e descer a caneta mandando 50, 60, 70 pais de família embora? É duro demais”, disse ele, ressaltando que não vê uma saída concreta por agora. “Não existe como ter uma afirmação, tipo ‘vai acontecer isso’ ou ‘é assim que vai ser’, e também não posso enfrentar o mundo querendo impor que aconteça determinado tipo de campeonato, que os jogos voltem, e assumir o risco de amanhã ser responsabilizado por torcedores, jogadores ou parentes infectados. É uma situação realmente muito difícil.”
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