Rumo ao Finals: Italo Ferreira e Tati Weston-Webb são as esperanças de título mundial para o Brasil em 2024
A temporada regular do Circuito Mundial da WSL terminou e definiu o cenário para a disputa do título no Finals. O caminho em Trestles, na Califórnia, não será nada simples, mas o Brasil possui chances de ser coroado com Italo Ferreira e Tatiana Weston-Webb, que conquistaram suas vagas com emoção após os resultados na etapa de Fiji.
O potiguar não chegou longe no último evento. Embora tenha passado sua bateria de estreia, contra o italiano Leonardo Fioravanti e o marroquino Ramzi Boukhiam, Italo foi eliminado nas oitavas de final pelo havaiano Barron Mamiya.
A queda precoce, entretanto, não tirou seu sonho pelo bicampeonato mundial. Na quinta posição do ranking, ele – no limite – ficou dentro do top-5 e tentará desbancar os australianos Ethan Ewing (4°) e Jack Robinson (3°), o norte-americano Griffin Colapinto (2°) e o havaiano John John Florence (1°).
Yago Dora e Gabriel Medina também chegaram em Fiji com a possibilidade de classificação para a briga pelo título da WSL, porém não conseguiram os respectivos resultados que precisavam. Dora caiu para Robinson nas quartas de final, na mesma fase que o tricampeão mundial foi superado por Griffin.
Para a disputa em Trestles, Italo possui a favor seu variado repertório. Inclusive, no Finals de 2022, esteve em uma situação parecida e bateu na trave: se classificou como quarto colocado e chegou à final contra Filipe Toledo, que ficou com o título. Em 2021, classificado na segunda posição, perdeu de primeira.
Durante o ano, no corte do meio da temporada, Samuel Pupo, Caio Ibelli, Miguel Pupo e Deivid Silva já haviam ficado pelo caminho na elite do surfe mundial. O mesmo aconteceu com Luana Silva.
Na categoria feminina, Tati tem a chance de se tornar a primeira brasileira campeã do mundo. Assim como Italo, passou na quinta posição e precisará passar por quatro adversárias para se consagrar: a australiana Molly Picklum (4°), a costarriquenha Brisa Hennessy (3°) e as norte-americanas Caroline Marks (2°) e Caitlin Simmers (1°).
Vale destacar que a brasileira chega com confiança para o Finals. Em Fiji, deixou o mar como vice-campeã. Antes, em Teahupoo, ela conquistou a medalha de prata na Olimpíada de Paris.
Em 2021, Tati quase conquistou o lugar mais alto do pódio: classificada como segunda colocada para a disputa em Trestles, perdeu na decisão para a havaiana Carissa Moore. No ano seguinte, como terceira, foi vencida de cara pela australiana Stephanie Gilmore.
A janela do Finals abre no dia 6 de setembro e vai até o dia 14 do mês. Até lá, muita expectativa para que, com Italo e Tati, a Brazilian Storm volte a ganhar o mundo do surfe.