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Fernando Diniz diz que não sabe se vai trabalhar em outro clube em 2024: “Preciso descansar”

Após ser demitido do Fluminense, Fernando Diniz participou de sua primeira coletiva e esclareceu algumas dúvidas sobre seu futuro. Segundo o treinador, que foi sondado pelo Vasco, Corinthians e Athletico-PR, ele não pretende acertar com uma nova equipe de forma imediata, visto que “precisa descansar”.

“Eu não pretendo trabalhar imediatamente, mas não sei se vou trabalhar esse ano. Eu preciso descansar um pouco. Estou muito mexido com o que aconteceu. É um sentimento de gratidão, pelo Fluminense. E um sentimento grande de tristeza, não queria que terminasse assim. Muita emoção vivida para mim e minha família. Vai ficar marcado, sou assim. Quis muito estar aquiu de volta e tenho certeza que deu certo. Peço desculpa pelo momento que a gente está passando de não conseguir vencer mas nunca faltou entrega e coragem para conseguir. O futebol para mim nunca foi mecânico, apartado da vida, do sofrimento, do choro e alegria”, iniciou Diniz.

Apesar de sua saída, Fernando aproveitou para agradecer ao presidente Mario Bittencourt, que o procurou em abril de 2022 para repatriar o treinador. Segundo Diniz, o Tricolor cresceu muito desde que o mandatário passou a comandar o clube.

“O Fluminense tem muita sorte de ter o presidente que tem com todos os alcances e limitações. É um excelente presidente. O que fez com Angioni, Fred, Montenegro, Penha. Quando pegou o clube em 2019, ninguém queria jogar no clube. Ele reconstruiu e virou um clube mais sólido e responsável. É uma coisa pragmática. Teve uma evolução muito grande. É um clube harmonioso” ressaltou.

Diniz pegou a coletiva para lamentar também sua saída da seleção brasileira, visto que foi questionado sobre o tema. Ele afirmou que ficou triste porque não esperava a demissão, ainda mais por ser um “trabalho difícil de renovação”.

“Fiquei triste, não esperava. Era um trabalho difícil de renovação. Fui julgado por seis jogos. Mas tinha muita confiança. Teve momentos de resultados ruins, mas sabia que ia trazer frutos bons, é uma convicção e era compartilhada internamente. A chance de dar certo era inexorável. A Seleção sempre morou em mim. Se um dia tiver que voltar, vai ser natural. Não foi obsessão, nunca tive um plano de carreira. Se um dia for para estar lá, vai acontecer”, disse.

Veja outras falas de Fernando Diniz em coletiva:

“As grandes vitórias, vou citar um jogador. O futebol como meio de transformação. Posso falar do Arias. Era um menino com potencial imenso e cheio de dúvida sobre o próprio talento e sobre quem ele era. A vida da gente meio que vai se confundindo com o futebol. Em 2022, tive muitos embates com ele. Alguns oportunistas vão julgar como desrespeito. Tive embates para poder germinar. Não aparece na televisão, tem muitas conversas de carinho para ajudar. A fala dele em 2022, ele falou depois da oração: “tenho que agradecer esse cara, olho no espelho e tenho orgulho de quem eu vejo”. Esses títulos que vocês não veem ou reconhecem é minha maior função. Isso modificou a vida dele, a maneira como encara o mundo. Ele é uma pessoa inteira, bonita, e se vê capaz de jogar em qualquer lugar. Quando você tem pessoas assim, os títulos vão vir. Posso falar de muitos jogadores”, sobre o ponto alto do Flu.

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“É o trabalho que mais gosto de fazer. Desenvolvo o trabalho para os jogadores sintam prazer no futebol, retomar a essência de criança e o futebol dar chance de mudar social e economicamente e a estima de si. Para que consigam viver bem depois do futebol”, sobre gerir elenco.

“O Arias quando chegou aqui oscilava. Hoje é unanimidade, talvez o melhor da América do Sul. Com dinheiro, você contrata os melhores e tem chance de errar. O Fluminense tem limitação de orçamento. Quando vai analisar, você joga isso fora por causa dos grande ídolos. Quem ganhou a Libertadores no Brasil com o orçamento do Fluminense? É como ganhar o Borussia do Real Madrid. O Fluminense é gigantesco mas as condições não são iguais. O resultado vai obstruindo a racionalidade”, sobre limitação de orçamento.

“Vocês têm falado constantemente: “o Fluminense montou elenco com a cara do Diniz”. Onde que tem isso? O elenco de 2022 eu não montei e a gente melhorou. Quem chegou em 2023 foi o Keno. Em 23, eu falei o Arias, o Nino e o André não dá para substituir. Eu também tinha proposta para sair, mas nós ficamos. De 23 para 24, a gente tinha expectativa de sair o Arias e o André. Como vai repor. A gente perdeu o Nino, vai chegar o Thiago no meio do ano. Eu pedi um jogador, o Luiz Henrique. O Mario fez de tudo nas condições que tem, e o Botafogo fez um estalo e levou para ser mais um. Não vai com o peso que teria aqui. Essa é a realidade do Fluminense. Para o torcedor tudo bem, mas a gente que é pago pelo futebol. A torcida emprega vocês e a gente. Ele não montou um time para mim”, sobre montagem de elenco.

“Quando tem muita entrega, e as coisas acontecem, as relações que cultivo são próximas. O John Kennedy e o Alexsander estarem lá, principalmente o John, qual é o preço disso? Ele já teria saído há muito tempo, desde que cheguei. Ele vai conseguir? Não sei, mas tem a chance de o futebol modificar a vida dele. Deu tudo errado? E o Alexsander. Recebi uma mensagem carinhosa da mãe dele agradecendo. Envolve muito além da coisa prática. Para sair, é difícil. O fator fundamental para conquistar a América foi isso, é muito interesse em ajudar, emoção, coragem para entendimento, reconciliar internamente e com a torcida. Ano passado houve um movimento lindo para ganhar a Libertadores, uma coisa só. Foi uma conexão forte, de muitos fatores e muita gente”, sobre despedida dos jogadores”, sobre mágoa com a torcida.

“O Fluminense não era para estar com a pontuação que tem. Contra o Red Bull, estreamos bem, empatamos e tivemos chance de virar. Contra o Bahia começamos melhor, choveu muito, esfriou e voltamos diferente, mas tivemos chance de empatar. Contra o Vasco jogamos bem. Depois veio Corinthians. Depois fomos jogar contra o Cerro e o André machuca. Vamos cansados para jogar com o Corinthians e a gente vai com o time cansado e joga mal e perde. Contra o Bragantino poderíamos ter mais 2 pontos, contra o Bahia 1. Contra o Corinthians perdeu, tudo bem. Veio o Atlético-MG tomamos empate em uma partida boa do Fluminense. Perdemos chance de ganhar. Jogamos contra o São Paulo, tinha Libertadores e poupamos o time. Não merecia perder lá. Teve a pausa. Contra o Juventude, era um jogo com condições plenas de ganhar, deixamos pontos. Contra o Botafogo merecemos perder”, sobre situação no Brasileirão.

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Redação 365Scores

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