Felipe Melo apoia Gerson, mas mantém discussão em aberto e diz que os dois lados devem ser ouvidos
Em entrevista ao programa “Arena SBT” na última segunda-feira (21), Felipe Melo deu sua opinião sobre o caso de injúria racial envolvendo Gerson e Índio Ramirez, na partida entre Flamengo e Bahia, válida pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro, ocorrida no último domingo (20).
No episódio em questão, o jogador do Flamengo relatou que o atleta colombiano disse a ele: “Cala boca, negro”, configurando um caso de racismo dentro das quatro linhas. O meia do Bahia veio a público na última segunda-feira (21) para se defender das acusações, alegando não saber bem a língua portuguesa, uma vez que está a um mês no Brasil, e que nunca utilizaria falas racistas para ofender um colega de profissão.
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O jogador do Palmeiras comentou que o racismo deve ser combatido diariamente, não só por figuras públicas, mas pela sociedade como um todo. “É uma situação que temos que combater no nosso dia a dia. Não tem que deixar acontecer, como foi com o Gerson para começar a falar. A gente vê um policial, um cidadão no supermercado, que são chamados de ‘negro’, alvo de racismo. A nossa luta tem que ser diária, antes de acontecer com uma pessoa pública para combater, exterminar o racismo”, disse Felipe Melo.
O camisa 30 alviverde também apoiou o volante do Rubro-Negro, mas preferiu prezar pela cautela ao falar sobre o episódio em específico. “”Tem uma diferença muito grande entre falar um ‘cala a boca, negão’ sem querer ofender, como eu já ouvi, e chamar de ‘macaco’, por exemplo, como já aconteceu comigo contra o Peñarol. Então, tem que ouvir os dois lados, entender porque o outro falou. Por ser colombiano, ele pode entender um ‘negão’ como algo comum, assim como eu brinco com meu pai às vezes. É importante combater, eu educo meus filhos para tomarem muito cuidado com o que falam”, finalizou o atleta palmeirense.
Foto: Marcello Zambrana/AGIF