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Ex-PSG, sobre goleada do Barça: “Um jogador importante se escondeu”

Estádio Parque dos Príncipes, 14 de fevereiro de 2017, jogo de ida pelas oitavas de final da Liga dos Campeões. O Paris Saint-Germain não tomou conhecimento do badalado Barcelona e saiu de campo com enorme vantagem para avançar à fase seguinte: 4 a 0 no placar. Até então, na história da competição, nenhum time havia conseguido inverter um resultado de quatro gols de diferença, mas a história mudou na segunda e decisiva partida no Camp Nou, no dia 8 de março: 6 a 1 para a equipe merengue.

“Na etapa final, percebi que um jogador importante para nós, um que havia tido problemas ao longo da semana, estava se escondendo do jogo”, disse o espanhol Unai Emery, que dirigia o PSG à época e, numa conversa com o treinador do Granada, Diego Martínez, transcrita pelo diário espanhol “Marca”, voltou ao passado. “Vendo agora, talvez devesse tê-lo substituído. Mas há muitos detalhes que podem analisados, e se eu tiver de escolher um, mudaria o árbitro e pronto.”

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Thiago Silva, capitão do PSG (Getty Images)

Emery não poupou o árbitro alemão Deniz Aytekin de culpa ao dizer que ele “prejudicou claramente os franceses”, mas optou por não dizer que jogador teria amarelado na partida de volta. No entanto, é possível imaginar que o técnico tenha se referido ao capitão Thiago Silva, que já não havia atuado em Paris por causa de uma lesão na panturrilha esquerda. A imprensa francesa não perdoou o brasileiro, e os jornais estamparam fortes críticas depois da partida.

O “Le Figaro” chegou a chamar o zagueiro de “covarde”, e o “L’Equipe” afirmou que ele não poderia “ser considerado um líder”, criticando também a atuação do compatriota Marquinhos, que falhou no segundo gol do Barcelona e cometeu o contestado pênalti em Suárez. O site “Goal”, por sua vez, publicou que Thiago Silva “deveria ter sido uma rocha para apoiar a equipe porque possuía a braçadeira de capitão, mas, em vez disso, apenas demonstrou fraqueza”.

Porém, como Emery fez questão também de destacar, o resultado poderia ter sido diferente não fosse Aytekin. “Assisti ao jogo novamente um dia desses, quando estava zapeando os canais de TV. Vi dos cinco aos 37 minutos do segundo tempo. Perdíamos por 3 a 0, fizemos um gol, e o Cavani perdeu grande chance cara a cara com o goleiro. Ainda Houve um pênalti claro no Di María que o árbitro não marcou”, disse o técnico, sem clube desde que foi demitido pelo Arsenal no fim de 2019.

Emery em seu trabalho mais recente no futebol, como técnico do Arsenal

“Aos 37 minutos, quando o Di María fez a falta no Neymar que resultou no quinto gol, parei de ver. Foram detalhes e circunstâncias que escapam durante o jogo, e há outra circunstância-chave: os jogadores do Barcelona, especialmente Suárez, se atiravam constantemente dentro da área. Pressionaram tanto o árbitro que ele caiu na armadilha”, finalizou Emery.

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