FutebolBrasileiro - Série B

Exclusivo 365Scores: Igor Cariús explica loucura na última rodada da Série B e revela que atuou no sacrifício no jogo do acesso do Sport

Peça importante no elenco que recolocou o Sport na Série A do Campeonato Brasileiro após três anos, Igor Cariús explicou detalhes da loucura na última rodada da Série B ao 365Scores. Além disso, o lateral também revelou que atuou no sacrifício na última partida do torneio.

“Te falar, foi muita loucura. Pregamos concentrar lá dentro, que o torcedor falaria o resultado. Acabando o primeiro tempo, estávamos ganhando, já falaram o resultado, estavam todos empatando. Só tínhamos que matar o jogo e esperar o resultado, abrimos 2 a 0. Fui substituído”, relembrou.

“Tomamos o gol, tivemos a chance, teve a anulação do gol do Ceará e o gol do Goiás, e pênalti para nós. Que combinação perfeita. Perdemos o pênalti, mas seguramos o resultado. O Sport nunca foi fácil”, concluiu o jogador.

Igor Cariús ainda comentou sobre a pressão de o Leão ter chegado perto do acesso nas últimas duas temporadas e perdido o gás no fim.

“A gente pensava muito. No ano passado fizemos uma baita campanha, jogando muito. Viramos o turno com 36 pontos, é meta de bater para título. Infelizmente perdemos umas peças, quem entrou não encaixou no estilo do Enderson Moreira. Era um time que jogava muito para frente, goleava quando tinha chance”, relembrou.

“Esse ano a gente era ofensivo, não tínhamos muito essa malícia de jogo, não segurávamos. O Pepa não gosta disso, gosta de buscar o segundo, o terceiro, para matar logo o jogo. É muito interessante, não gosta que o time se acovarde. Os atletas têm esse pensamento de sempre jogar para frente. Principalmente o Sport, sabemos a força de jogar na Ilha do Retiro”, analisou Igor Cariús.

Igor Cariús jogou no sacrifício contra o Santos

Durante a semana da partida que definiu o retorno do Sport à elite do futebol brasileiro, Igor Cariús teve uma lesão muscular na panturrilha que o incomodava até a andar. Apesar disso, mesmo a três dias do jogo decisivo, o fato ficou longe dos holofotes e ele trabalhou internamente para poder entrar em campo.

“Eu sentia dor para andar. Fiquei os outros três dias sem treinar, fiz teste no sábado. Eu não quis fazer exame, porque me vetariam. Nas férias eu me recupero. Treinei no sábado, tático, o pessoal do GPS falou que a quilometragem e os sprints eram bons, principalmente para subir de cabeça”, explicou.

Dentro da concentração para a grande partida, o jogador chegou a ser cobrado pelo próprio pai, e aceitou o desafio de entrar em campo mesmo lesionado para ajudar o time de Pepa.

Exclusivo 365Scores: Igor Cariús explica loucura na última rodada da Série B e revela que atuou no sacrifício no jogo do acesso do Sport
Foto: Paulo Paiva / Sport Recife.

“Depois do treino doeu muito. Fiquei preocupado de ficar fora. O Pepa me chamou, eu falei para ele. Ele disse que era comigo, eu disse que ia infiltrar e tomar injeção para jogar. Ele disse: o tanto que você conseguir jogar, está bom. Meu pai foi no CT me acordar, falou que eu ia jogar e eu com a panturrilha dolorida disse que ia. Depois que está lá dentro, não tem mais isso. O sacrifício valeu muito a pena“, afirmou.

Veja outros temas da entrevista de Igor Cariús

Mudança de posição na carreira

Quando comecei no Iguatu, jogava de volante e lateral-direito. Lá, no meu primeiro contrato joguei de lateral. Depois fui de zagueiro e tive uma lesão no colateral medial. A partir daí, doia muito para chapar de direita. No Coruripe, o treinador não me deixou jogar de zagueiro pela altura. Aí o Lourival Santos, ele tinha um lateral chamado Rato, mas era muito ofensivo. Pegamos uma semifinal contra o CSA, ele me pediu pra jogar de lateral esquerdo, eu fui na hora. Ganhamos e fomos para a final. Quando acabou ele me chamou e disse que eu era lateral esquerdo. Toda bola que pegava, cortava para dentro e cruzava fechado. Fiz muito gol assim, porque a esquerda não estava muito adaptada. Depois fui para o Asa, o treinador falava para chegar no fundo e cruzar logo para facilitar para o centroavante. Fui me adaptando e largar a direita de vez em quando. Hoje eu estou muito adaptado com a esquerda. Esse ano, com o Soso, ele soube dessa história. Vendo o trabalho, eles me chamaram e pediram para jogar na direita, mas já tinha dois na posição. Eu achei que não era o momento. Aí eu entrei contra o Brusque, na direita, e já fiquei ali. E fiquei ali, tive que me adaptar a dominar orientado com a perna direita. O Di Placido e o Palacios voltaram, e ele me chamou para dizer que estava gostando e pediu para continuar.

Igor Cariús

Trabalho com Pepa

Eu gosto muito dele, é muito corajoso. Ele dá muita confiança. Fala que jogador tem que ter coragem, se não tiver, não joga. Se entrar em campo com medo de errar, vai errar. É o que ele sempre prega, não pensar em errar. Um time que joga para frente não tem como passar sem erro. O dia a dia dele é muito bom, ele foi atleta, jogou. Os treinamentos dele são muito bons, caras de alto nível, caras muito bons, nível top, Europa. É muito inteligente, gostei muito de trabalhar com ele. Não sei como está a situação, creio que é uma boa ele ficar, temos muito a crescer.

Igor Cariús

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Eduardo Statuti

Repórter multimídia do 365Scores, atuo na cobertura de Atlético, Cruzeiro e América-MG. Também escrevo um pouco sobre Fórmula 1 e acompanho de perto a carreira de Hulk, Yuri Alberto e Neymar.

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