Em ótima fase no Amazonas FC, Sassá abre o jogo ao 365Scores e brinca: “É o Sassálotelli”
Por Eduardo Statuti e Nathália Gomes
Sassá está vivendo o melhor momento de sua carreira e da sua vida. A afirmação foi dita pelo próprio atacante ao 365Scores. Atualmente no Amazonas FC, o jogador contou como foi sua ida ao time novato no cenário brasileiro, relembrou histórias antigas da sua carreira e brincou sobre o antigo apelido, Sassálotelli.
“A fama de marrento é normal. É o Sassálotelli, puro marketing”, disse, aos risos. No entanto, deixou claro que essa fase polêmica ficou no passado, além de ressaltar o momento vivido. “Não tenho mais histórias (iguais às da época)”.
Estou feliz da vida. Agora, com 30 anos e com mais responsabilidade, tenho muito mais disciplina. Creio que estou vivendo a melhor fase da minha vida dentro e fora de campo, e espero que isso se perpetue por muito mais tempo.
Sassá chegou ao Amazonas FC para disputar pela primeira vez a Série C no ano passado. O clube, que tem menos de cinco anos de fundação, foi campeão do torneio, tornou-se o primeiro do estado a ter um título nacional, e ainda garantiu vaga na temporada da Série B em 2024.
Todos os feitos com a ajuda do atacante, que chegou como principal reforço do clube para a temporada. Além das conquistas coletivas, Sassá terminou o ano como artilheiro máximo da Série C e ainda foi o autor do título inédito do Amazonas contra o Brusque.
Além disso, projetou a temporada, que tem novos desafios pela frente, principalmente a segunda divisão do futebol brasileiro com grandes times, entre eles o Santos, que jogará a Série B pela primeira vez na história.
“No Amazonas, tive a oportunidade de retomar a carreira. Terminamos a temporada como campeões, primeiro e único time do estado campeão brasileiro, eu sendo artilheiro ainda e melhor jogador. Foi um ano mágico, muito positivo para todos nós aqui”.
“A gente está trabalhando para isso (ser novamente artilheiro). Trabalhei muito nas férias, espero que a gente consiga ter um ano melhor que 2023 e que eu consiga balançar muito as redes em 2024. Ainda fizemos uma preparação muito boa, quase 30 dias no CT do Retrô. Nos preparamos bastante para este ano que é muito difícil, mas espero que em dezembro a gente possa festejar muitas conquistas”, projetou o atacante.
A carreira do jogador ficou marcada por inúmeras polêmicas dentro e fora dos campos. Ao ser questionado sobre qual conselho daria atualmente ao Sassá do passado, o atacante disse que não se arrepende do que viveu e tenta “mudar a rota” no futuro.
“Eu não sou muito a favor de conselhos. Eu escutei uma frase que marcou bastante “a vida é desenhada sem borracha“, não tem como apagar ou reverter o passado”.
Veja outros assuntos da entrevista com Sassá
Por que o Amazonas?
Eu tinha outras propostas (de Série B e Série C também), mas o carinho que recebi do presidente e de todo mundo ao decorrer da negociação foi de suma importância para eu aceitar esse desafio. Desafio bastante difícil por ser um clube novo no cenário nacional, mas foi a melhor decisão para a minha carreira e para a minha vida. Eu fiquei bastante tempo sem atuar por conta de lesão, então a importância que eu ia ter para o projeto me fez decidir assinar com o Amazonas.
É como se fosse uma família. Um ambiente muito bom, muito positivo, a gente está aqui numa das cidades do Brasil mais próspera, tirando o calor, que no começo foi difícil. Mas com o passar do tempo fui me acostumando… Um pouco (risos)
Histórias no Amazonas
O que marcou para mim foi a nossa chegada após o título da Série C. Eu tive um pouco de experiências de títulos no Cruzeiro, mas não com o protagonismo que eu tive aqui. Então isso foi muito maneiro. Foi algo que eu ja tinha vivido, mas totalmente diferente. Só agradecer mesmo por todo o carinho que recebo aqui, uma cidade que me acolheu super bem. Me deram até o título de cidadão amazonense, é uma cidade que eu só tenho a elogiar.
Jô como companheiro de equipe
Jô é um cara de seleção brasileira. Tem muita experiência, muita rodagem. É o que eu falo com os moleques mais novos aqui ‘mano, tudo que tu puder tirar de informação desse cara ai, faz. Isso vai fazer muita diferença na sua vida’. Aconteceu comigo lá no Botafogo, eu era muito novo e tive contato com o Seedorf.
Falando em Seedorf…
Pra mim foi muito positivo na minha chegada do Botafogo (com o Seedorf). Ele tem um jeito meio ríspido, mas é um cara que quer sempre o certo e ver as pessoas evoluindo. Nós, brasileiros, não estamos acostumados a receber este tipo de confronto, mas foi um cara que lá atrás (eu muito jovem) me alertou muita coisa. Não é à toa que ganhou Champions League, disputou Copa do Mundo. Pra mim foi muito positivo esse contato, maneiro e marcante.
Relação jogador x vida social
Meu limite é domingo: se balançar a rede, fizer gol, o time ganhar, tudo pode. Agora, quando tu não faz, não pode fazer mais nada. Esse é o limite. Isso que o futebol te permite. Todo domingo a gente tem que estar provando. Agora, se não provar, se as coisas não acontecerem às 16h, você não pode. Mas isso a gente tem que saber lidar, porque aqui no Brasil isso não vai acabar. Mas é importante também (para os torcedores) é saber que a gente tem vida.
Mágoas do Botafogo?
Botafogo eu só tenho o que agradecer. (…) Infelizmente por causa de algumas pessoas, que graças a Deus não estão mais lá, minha saída, meu final foi um pouco turbulento. Mas ficou no passado. Desejo tudo de bom pro Botafogo, é um time que vou levar no meu coração para sempre.
Virada de chave
A virada de chave aconteceu no CSA, quando eu tentava recuperar minha forma física e as coisas não estavam andando, ai eu tive que mudar minha vida. Agradeço a Deus pela oportunidade que tive de ter uma segunda chance no futebol, Deus me resgatou na hora certa. Deu tempo de eu mudar o rumo da minha vida. Hoje estou mais experiente, mais disciplinado, mais focado nos meus objetivos. O passado foi coisa de moleque novo. O que tinha que curtir, curti, mas hoje é 100% focado no meu trabalho e na minha equipe.
Athletic Club
Eu estava numa situação, voltando de lesão, fiquei quase um ano e meio sem jogar, sem estar no cenário. O Athletic, Roger e Fabio estenderam a mão em um dos piores momentos da minha vida. É ruim ficar de fora por causa de lesão, e eu tive uma lesão bastante complicada*. Eles me estenderam a mão no momento certo, e, graças a Deus, as coisas voltaram ao devido lugar.
*Na temporada 2017/218, Sassá ficou afastado 122 dias por conta lesão na perda, e em 2018/2019, por 60 dias, por outro problema na perna.
Época do Cruzeiro e áudio “Fala, Zezé”
Aquilo foi uma brincadeira que vazou, uma conversa interna. Mas vocês sabem, todo time tem um passarinho do bico verde que solta as informações, que vaza informação. Mas recebemos super bem, era uma brincadeira, encarnamos bastante no Thiago. Aí ficou, todo jogo contra o CSA, gritando, zoando. Isso é bom no futebol. Tá ficando chato, não pode falar nada.
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