De São Paulo para o mundo: conheça a história de Gabriel Medina, um dos maiores surfistas do Brasil
Muito se fala de Gabriel Medina e os inúmeros títulos conquistados pelo surfista. Mas quem, de fato, é Gabriel Medina? O 365Scores te conta a história do profissional paulista, que é o primeiro brasileiro a vencer um mundial de surf.
Quem é Gabriel Medina?
Gabriel Medina Pinto Ferreira nasceu no dia 22 de dezembro de 1993, em São Sebastião, litoral de São Paulo, e começou sua vida no surf aos 9 anos de idade. O primeiro título veio aos 11 anos, quando ganhou o campeonato em nível nacional, a etapa Rip Curl Grom Search na categoria Sub-12, disputada em Búzios, Rio de Janeiro.
É filho de Simone Medina com Cláudio Ferreira. Viveu por décadas brigado com o pai e foi criado pelo padrasto, Charles Amaral, que foi seu técnico por muitos anos. Tem dois irmãos: Felipe Medina e Sophia Medina
Carreira de Gabriel Medina: como tudo começou
Após vencer o primeiro título nacional, Medina venceu campeonatos do Brasileiro Amador e foi campeão dos circuitos Volcom Sub-14, Quicksilver King of Groms, Rip Curl Grom Search e tricampeão Paulista. Na Califórnia (EUA), foi vice do Volcom Internacional Sub-14 e, no Equador, vice-campeão do Mundial Amador Sub-16.
Aos 14 anos já fazia as finais nas competições do Paulista Profissional e participou de etapas do Mundial Profissional, quando, em Ubatuba, São Paulo, conseguiu derrotar seu ídolo Adriano Mineirinho.
Em julho de 2009, Gabriel Medina fechou um contrato com a empresa australiana Rip Curl e assinou seu primeiro contrato profissional. Dez dias depois, venceu a etapa do Mundial Profissional. Dois anos depois, começou a sequência que o levou à condição de partilhar as ondas com os tops do Mundo, o WQS 6 estrelas Prime em Imbituba, Santa Catarina, os dois WQS 6 estrelas na França e na Espanha.
Em 2011 venceu duas etapas do ASP World Tour, nos eventos realizados na França e nos Estados Unidos. Em 2014 sagrou-se campeão mundial do WCT. No ano seguinte, venceu o Vans Triple Crowm (Tríplice Coroa Havaiana), considerado o segundo maior título do surfe profissional, tornando-se assim o primeiro brasileiro a conquistá-lo.
Em 2017 foi vice-campeão mundial de surfe em uma batalha contra o seu grande rival John John Florence, após um inicio de temporada com uma lesão no joelho. Em 2018, fez um ano vitorioso, ganhando 3 etapas e se mantendo em boa posição nas demais, sagrou-se Campeão Mundial da WSL.
Desta vez, na mesma temporada, venceu pela primeira vez o Pipe Masters, uma das maiores etapas do circuito mundial. Já 2019 ficou marcada pelo vice-campeonato em uma disputa com Ítalo Ferreira.
Medina em Olimpíadas
Após um 2020 sem disputas devido à pandemia de Covid-19, Gabriel Medina retornou à temporada com foco nas Olimpíadas de Tóquio. No entanto, 2021 foi marcado por altos e baixos. Apesar de chegar como favorito aos Jogos, foi derrotado pelo australiano e ficou fora do pódio.
No entanto, apesar da decepção nas Olimpíadas, Medina deu a volta por cima e se tornou tricampeão mundial de surf.
Em 2024, nas Olimpíadas de Paris, Medina saiu com a medalha de bronze, derrotando o peruano Alonso Correa.
Período longe do mar
Após 2021 marcado por polêmicas, principalmente por conta da sua vida pessoal, Gabriel Medina se afastou das competições para cuidar da sua saúde mental, além de tratar sua lesão.
O surfista perdeu a primeira metade do ano de 2022, retornou no sexto e sétimo evento até se machucar novamente e encerrar sua participação. Seu retorno aconteceu em 2023, quando Medina conquistou pela primeira vez um dos picos mais desafiadores do mundo: Margaret River.
“Esse tempo [fora] foi bom para mim. Não é um segredo; falar sobre saúde mental é até interessante. Eu tinha depressão. Comecei a me tratar com um psicólogo. Nunca imaginei estar nessa situação. É assustador, as coisas param de fazer sentido para você”, explicou.
“Estou melhor, feliz por estar me reencontrando. Aprendi muito durante esse tempo.”
Tricampeão Mundial de Surf
Em 19 de dezembro de 2014, o brasileiro a ser campeão mundial de surfe, vencendo a luta pelo título contra o australiano Mick Fanning, três vezes campeão mundial e o norte-americano Kelly Slater, onze vezes campeão mundial. Sagrou-se campeão mundial em Pipeline, Havaí, na última etapa do circuito mundial.
Em 2018, durante o ano disputou o título com Felipe Toledo e Julian Wilson, sagrando-se campeão do WSL pela segunda vez na ultima etapa em Pipeline ao vencer o australiano Jordy Smith nas semifinais por 0,44 de diferença.
Em 14 de setembro de 2021, se tornou o primeiro brasileiro a se sagrar tricampeão mundial de surf, vancendo a bateria contra Filipe Toledo.
