Danilo abre o jogo sobre trabalho de Dorival na Seleção, e comenta sobre passagem de Diniz
Um dos atletas mais experientes dessa geração de jogadores da seleção brasileira, o lateral Danilo pode analisar bem a situação da Canarinho nos últimos anos. Sendo convocado desde a passagem de Mano Menezes, o jogador trabalhou também com Tite, Diniz e Dorival Júnior.
Em entrevista ao ‘Bola da Vez‘, da ‘ESPN’, o jogador abriu o jogo sobre sua longevidade na equipe, e revelou seu pensamento a respeito do trabalho dos treinadores. Para ele, a CBF agiu errado com Fernando Diniz.
“Todo treinador precisa de respaldo e de tempo, principalmente o Diniz, pensando como ele vê o futebol. É impossível trabalhar em uma seleção tão grande e midiática sem uma mínima segurança ou certeza. Acho que foi um grande erro, já falei com o presidente (da CBF) e não tenho medo de falar sobre isso: foi um grande erro de planejamento e de tomada de decisão. Atrapalhou em quase tudo o que poderia ser o trabalho do Diniz na seleção brasileira”, falou o lateral.
Diniz foi contratado como técnico interino da seleção no meio de 2023 visto que o presidente Ednaldo Rodrigues tinha convicção que teria Carlo Ancelotti a partir de junho de 2024, para a disputa da Copa América. No entanto, o italiano renovou com o Real Madrid, e a CBF optou por encerrar o trabalho de Diniz e contratar Dorival.
Com apenas dois jogos, sendo ambos amistosos, o início de Dorival foi animador na Seleção, conquistando um empate e uma vitória. No entanto, Danilo se mantém bastante firme, lembrando de passagens de Tite, para manter os pés no chão.
Precisamos tomar muito cuidado. Nós vimos com Tite um trabalho de longa duração com muitas vitórias durante o trajeto e, quando chegou em teoria no principal objetivo, nós falhamos duas vezes e não conquistamos a Copa do Mundo. Mas esse início com Dorival é animador”, falou o lateral.
“Temos mais uma safra de muito talento, nível muito alto. Pode vencer e pode não vencer uma Copa do Mundo, porque isso não se sabe, mas sendo uma seleção minimamente organizada dentro de campo tem tudo pra estar no topo disputando com qualquer seleção que seja”, seguiu o jogador Danilo.
“Jogou o João Gomes contra a Inglaterra. Não é um jogador mundialmente conhecido, mas botou os ingleses no bolso. Jogamos sem o Casemiro, mas Bruno Guimarães e Paquetá chegaram e deram conta do recado. O futuro da seleção não sou eu, Casemiro, são esses: Paquetá, Bruno, Endrick, João. Que eles possam tomar conta. Nesse momento o espaço é deles”, concluiu.
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