Cuca é apresentado no Atlético-MG, analisa elenco e se defende de críticas por deixar trabalhos
Pronto para sua quarta passagem pelo Atlético-MG, o técnico Cuca foi apresentado como novo técnico do clube nesta segunda-feira (13). Em suas primeiras declarações, o comandante foi questionado sobre o elenco do Galo e também sobre supostamente deixar os times em que trabalha.
“Sobre saída de atletas, não conseguimos controlar tudo. Existem jogadores que você não quer que saiam, mas saem, como o Battaglia e o Zaracho. Eles queriam sair, não tem o que fazer, só lidar com a parte financeira. Perdemos alguns jogadores, mas vamos ao mercado buscar soluções”, afirmou.
“O mercado é diferente do que era no passado. Em 2004 eu fui contratado no São Paulo e levei uma base do Goiás. Onde acha hoje esse tipo de jogador emergente? Fabão, Danilo, Josué, Grafite. Mas não encontramos isso mais. Se encontrar, os preços são absurdos. Fiquei perplexo em participar das coisas com o Victor. Como inflacionou. Temos que ser criativos. Saíram oito jogadores, temos que recompor para ficar com uma base forte”, analisou Cuca.
O técnico ainda ressaltou que pretende começar o trabalho de forma simples, usando os jogadores nas posições que se sentem confortáveis inicialmente. Além disso, destacou que será uma pré-temporada diferente.
“É uma pré-temporada diferente, começando nos Estados Unidos, depois volta um dia e meio antes de um clássico. Temos que sentir o jogador, o desgaste, a condição. Sábado que vem temos um jogo, não temos condição, e ainda temos uma viagem. Os jogadores mudaram muito o perfil. Antigamente, nas férias, eles paravam, voltavam com percentual de 15, 16, agora alguns voltam até mais magros do que foram”, afirmou.
Suposta falta de continuidade de Cuca
Uma das respostas mais longas de Cuca durante sua apresentação na Cidade do Galo foi para responder sobre uma suposta característica de “abandonar” seus trabalhos. O comandante passou a limpo toda sua carreira.
“Sobre continuidade, vejo as pessoas falando de mim de uma forma muito pessoal. Vou buscar no começo dos anos 2000, treinei o Botafogo em 2006, 2007 e 2008. Eu não sai do Botafogo, pediram para eu sair. Eu tive 2010, depois que vim do Cruzeiro, fiquei 2011, 2012 e 2013, ficaram bravos comigo, mas sai por uma proposta da China muito boa e depois que acabou meu contrato. Fiquei 2014, 2015 e um pouco de 2016, quando voltei, tive que por as coisas no eixo. Fui para um time que não vencia há 22 anos, cheguei, levei três porradas, uma goleada para o Água Santa, falei que os jogadores seriam campeões brasileiros, e conseguimos. Eu não dormia por pressão todo jogo. Um desgaste enorme, quando acabou, precisei descansar”, relembrou.
“Fiquei três meses em casa, voltei em 2017, vimos que não seríamos campeões, sai. Em 2020, toquei o Santos até o final, mesmo com as dificuldades, chegamos à final da Libertadores, mas conseguimos a vaga para a outra. Vim para o Galo em 2021, minha mãe no hospital, pediram para voltar. O médico falou que minha mãe não sairia, mas mesmo assim eu vim. Fiz promessa para Nossa Senhora para ser campeão. Eu morei aqui, fiz promessa para minha mãe para que colocasse a faixa de campeão nela. Isso tudo se tornou realidade. Eu não largo tudo e saio, são as nuances de cada um. As vezes abro mão do profissional pela minha vida”, completou Cuca.
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