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Cristiane relembra desafios até prata em Atenas 2004 pela Seleção e diz: “A gente recebia 25 reais de diária”

Maior artilheira do futebol feminino na história dos Jogos Olímpicos, Cristiane relembrou os desafios até a conquista da primeira medalha de prata com a seleção brasileira em Atenas, em 2004. Segundo a atacante, as convocadas recebiam 25 reais por dia para jogar nas Olimpíadas.

“Era muito fácil você ir para uma Olimpíada e ficarem te cobrando medalha, ficarem te cobrando resultado sem darem o mínimo pra você trabalhar. A gente recebia 25 reais de diária. Quem joga uma Olimpíada com 25 reais de diária? Às vezes, a gente não tinha material esportivo. Nós usávamos uma chuteira, dávamos para outra jogadora usar, e depois pegávamos o pé de volta. Então, era o básico que a gente queria aquela época”, relembrou Cristiane ao “ge”.

Sobre Atenas, Cristiane revelou que ainda tem lembranças vivas e nítidas da partida contra os Estados Unidos, principalmente pelo pênalti não marcado pela árbitra após toque de mão de uma defensora norte-americana.

Mesmo com a mágoa, a atacante, hoje no Flamengo, decidiu parar de lamentar o que poderia ter acontecido e comemorar o que aconteceu: a primeira medalha olímpica do futebol feminino brasileiro.

“Eu tenho guardada até hoje a foto do pênalti que a árbitra não deu. Eu acho que veio uma frustração nesse sentido, de saber que a gente poderia ter ganhado, mas depois veio aquela coisa na cabeça: “É a nossa primeira medalha importante, essa medalha é nossa, a gente está levando isso pro Brasil”.

Nathalia Gomes

Gaúcha no Rio. Tenho forte ligação com tênis e com futebol desde a infância. Além de escrever sobre os esportes, também sigo de perto as rotinas de Gabriel Medina, Renato Gaúcho e Cristiane! Ah! Além de jornalista, também sou a mamãe do Joca :)

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