Cria do Santos, Rhuan projeta ano no Água Santa e revela segredo de Rodrygo nos dias ruins
Uma das peças do time comandado por Thiago Carpini no último Paulistão, Rhuan fez parte de uma das mais marcantes gerações recentes da base do Santos. Amigo de Rodrygo e Vinicius Júnior, o lateral esquerdo projetou o ano que terá pelo Água Santa e revelou um segredo do “Rayo” em seus dias ruins em conversa exclusiva com o 365Scores.
“As expectativas são as melhores possíveis. Ano passado conseguimos um feito inédito, não é normal, um time tão novo. Construímos uma história muito boa. Acredito que esse ano as expectativas são as melhores, que sonhemos com grandes campeonatos, um grande Paulista, conquistar o objetivo da permanência e pela classificação. E o que vier, estaremos agraciados. Acredito que todos que estão aqui querem escrever uma história ainda melhor que ano passado. Todos trabalhando muito e com muito foco”, contou o jogador.
“O clima aqui é o melhor possível, como disse, foram contratações pontuais. Sabemos que a qualidade individual já temos, mas não nos leva muito longe. Temos um clima bem leve para disfrutar da melhor forma possível desse campeonato”, disse Rhuan em conversa por videochamada com o 365Scores diretamente da concentração para o jogo contra o Bragantino, neste sábado.
Do menino complicado na escola à base do Santos
Logo aos 10 anos, o jogador teve sua primeira oportunidade em um clube de alta exposição, quando se destacou no São Caetano e foi levado ao São Paulo. Mas não foi em Cotia que o defensor prosperou e um problema na escola mudou os rumos de sua carreira.
“Na época o São Paulo era rígido com a escola e eu era bagunceiro, aí fui liberado. É algo que eu me arrependo, eu discuti com a professora na quinta série de português e ofendi ela com algumas palavras. Fiquei um ano no São Paulo, voltei chateado, desanimado. O professor do São Caetano não me deixou desistir, me treinou, preparou minha cabeça para ter mais maturidade, educação na escola e com as pessoas. E ele me levou para o Santos, onde fiquei até o Sub-20”, contou o paulistano.
Apesar de não ser seu melhor amigo (cargo ocupado por Moraes, hoje no Maringá), Rodrygo foi um dos parceiros de Rhuan na base do Santos. Durante um dos treinamentos na base, antes de Liga dos Campeões e Copa do Mundo, o Raio foi questionado sobre sua atuação e revelou seu segredo para os dias ruins.
“O Rodrygo sempre foi muito maduro. Um dia eu falei que ele tava amassando no treino e ele respondeu: “Isso você nunca vai ouvir eu dizer, de ninguém, o dia que eu me sentir mal no treino, vou fazer o mais simples possível para não errar mais”. É o que vejo no estilo de jogo dele. Ele reconhece o dia que ta bem e quando não está, faz o simples e acaba retornando para ele. Essa maturidade dele, desde pequeno, sempre lembro”, contou ao 365Scores.
Amadurecimento e trabalho com Carpini
Além do destaque pelo Água Santa no último Campeonato Paulista, Rhuan também viveu momentos de tensão na Copa do Brasil, quando foi um dos batedores na decisão de pênaltis contra o Internacional. Apesar da eliminação, o defensor marcou seu gol em uma temporada onde reconhece que amadureceu bastante.
“Como atleta, busco desafios na carreira. Desde que sai do Santos o CSA foi o time que joguei com mais reconhecimento. Muita cobrança da torcida, a cidade de Maceió, são muito ligados aos times. Éramos reconhecidos. Foi muito bom. Sou novo ainda, quando chegar em alguns níveis, que tiver que enfrentar essas situações, vou estar mais acostumado”, analisa.
“A gente sabe que ano passado era um patinho feio. Era um time cotado a ser rebaixado. Mas o Carpini colocou, não uma raiva, mas uma vontade de tirar esse rótulo que colocavam sobre a gente. Sabíamos da qualidade do elenco. Acredito que isso nos motivou. O professor Carpini extraiu o máximo dos atletas. Nosso forte era o elenco. Ele dava a mesma importância para os reservas e titulares, todos se sentiam úteis. A humildade de trabalhar”, relembrou Rhuan.
Sonhos
Cristão, alegre e focado, o lateral esquerdo vê seus sonhos profissionais indo de encontro com o pessoal, mas com a condição de nunca perder sua felicidade. A humildade transparece até mesmo quando não há limites no projeto, mas vai longe e chega na Europa.
“Eu coloco como base primeiramente minha felicidade, independente do clube, da situação, quero estar feliz comigo mesmo, minha família, Deus. Em segundo plano a profissão. Temos que sonhar com as melhores coisas possíveis, que eu possa alcançar o mais alto nível do futebol, da minha carreira. A gente fala que quando Deus derrama bênçãos em nós, ela não pode parar na gente”, disse Rhuan.
“Certamente, Deus me abençoando com todos esses sonhos, as pessoas ao meu redor irão colher também. Não custa nada sonhar, primeiramente temos que ver o que está mais a frente, podemos sonhar mais alto, mas sonhar também com o que é mais palpável. Jogar um Brasileirão em uma equipe reconhecida. Depois ir para a Europa, disputar uma Liga dos Campeões”, complementou.
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