Paralimpíadas

Com direito a recorde mundial, Júlio Agripino conquista ouro para o Brasil no atletismo paralímpico

A sexta-feira (30), segundo dia de jogos paralímpicos, já começaram com mais medalha de ouro para o Brasil. No pódio dos 5.000m na classe T11 (deficiências visuais), dois atletas representaram o Brasil. Julio Agripino conquistou o ouro, enquanto Yeltsin Jacques ficou com a medalha de prata.

Além do lugar mais alto do pódio, Agripino também bateu o recorde mundial da prova com o tempo de 14min48s85. A prata ficou com o japonês Kenya Karasawa. 

“Estou muito feliz, é muita emoção ser campeão paralímpico e quebrar o recorde mundial. Mostra a força da periferia, comecei a treinar, só tinha um campinho. Mas com muita força e determinação eu consegui vencer, sempre tem altos e baixos na vida, mas agora sou campeão paralímpico. Dedico também essa medalha para o meu avô”, comemorou Júlio.

Essa é a primeira medalha paralímpica de Júlio, que já havia conquistado a prata na distância no Mundial de Kobe 2024. Júlio voltará a disputar os 1500m, sendo a semifinal no dia 2 de setembro e final dia 3 de setembro.

“Sempre tive dificuldade para controlar a parte mental, me concentrar. Eu chegava bem condicionado, mas falhava na concentração. Conversei ontem com minha psicóloga, falei que estava um pouco nervoso, mas hoje acordei e pensei, vou ganhar. Ela falou que eu iria reagir bem e foi o que aconteceu”, afirmou Júlio.

Bronze para Yeltsin

Além de Júlio, Yeltsin também esteve no pódio com sua terceira medalha paralímpica. Antes do bronze, o atleta já havia conquistado dois ouros em Tóquio 2020, um nos 5.000m e outro nos 1.500m, ambos na classe T11. Além disso, o atleta brasileiro é o recordista mundial nos 1500m com o tempo de 3min57s60, obtido nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. 

“Muito feliz pelo Júlio. Eu tive uma lesão, peguei uma virose, o que acabou atrapalhando um pouco a preparação. Mas como minha esposa disse, você ou chupa o limão azedo ou faz a limonada. Estou com sentimento de missão cumprida”, disse Yeltsin.

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Gabriella Brizotti

Formada em jornalismo pela Unesp, sou uma apaixonada pelo esporte em geral, principalmente o futebol. Atualmente morando em Buenos Aires, na Argentina, escrevo sobre futebol argentino e futebol geral. Acompanho de perto o dia a dia do São Paulo Futebol Clube e também dos atletas Endrick, Deyverson e Philippe Coutinho.

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