CEO do Fortaleza faz forte desabafo após ataque: “Vai esperar morrer alguém?”
O ônibus do Fortaleza foi alvo de ataques de torcedores do Sport na madrugada de quarta para quinta-feira (22). No desembarque do time, o CEO do clube, Marcelo Paz, fez forte desabafo cobrando medidas punitivas.
“A gente estava trabalhando, não teve hostilidade no jogo e depois aconteceu isso. O Fortaleza só deveria voltar a jogar quando estivesse com os jogadores recuperados, até para dar exemplo. Nossos médicos vão nas casas dos jogadores, porque hoje é dia de descanso. As pessoas que fizeram aquilo não podem passar impunes”, cobrou Marcelo.
“Saímos do jogo e, para quem não conhece, a Arena Pernambuco é distante de Recife. Vimos o movimento de torcedores do Sport com camisa amarela e de repente o impacto e jogadores gritando. Vi o Sasha ferido e sangrando, terror, não sabíamos o que tinha acontecido. Tinha uma viatura e seis motos, mas não foi suficiente. Para mim foi um ato premeditado”, acrescentou.
Ao todo, seis atletas do Fortaleza foram levados ao hospital por estarem feridos: Titi, Brítez, Lucas Sasha, Dudu, João Ricardo e Escobar – sendo estes últimos os mais graves. “A nossa preocupação inicial foi de socorrer os ferimentos. O Escobar foi quem mais se lesionou, fomos para o hospital, fazer B.O. Acho importante falar que o João Ricardo está com seis pontos na cabeça”, iniciou Marcelo.
“O Escobar está com 13 pontos e trauma cranioencefálico. O Fortaleza não tem condições de jogar, só pode voltar a jogar quando esses atletas estiverem recuperados. Tem que punir, tem que ter uma reação de verdade, não nota de repudio”, completou.
Em meio a suas redes sociais, a CBF se pronunciou por meio de uma nota de repúdio. Ainda não é sabido se o Sport receberá algum tipo de punição. Leia na íntegra:
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vem a público lamentar mais um episódio de violência ligado diretamente a uma partida de futebol, em um jogo entre Fortaleza e Sport de Recife pela Copa do Nordeste, ocorrido na noite desta quarta-feira (21), na Arena de Pernambuco.
O ônibus que transportava os atletas do Fortaleza após a partida, foi atacado por criminosos que arremessaram pedras na direção do veículo, ferindo jogadores e membros da comissão técnica.
“Desejo pronta recuperação a todos os jogadores e profissionais da comissão técnica que foram vítimas desse crime. A CBF seguirá implacável na cobrança e nas ações para que todo e qualquer ato de violência seja varrido do futebol brasileiro”, disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
É lamentável e inadmissível iniciar mais um ano chamando a atenção para este tema gravíssimo que é o da violência fora dos estádios. A CBF confia no trabalho da Polícia e das autoridades competentes, para que os responsáveis por estes atos sejam punidos exemplarmente, sem prejuízo de outras medidas cabíveis. E que cada vez mais episódios como esses sejam varridos do cenário do futebol brasileiro.
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