CEO da SAF do Atlético-MG detalha situação da acústica da Arena MRV e do orçamento para futebol
Na manhã desta quinta-feira (11), o CEO da SAF do Atlético-MG, Bruno Muzzi concedeu entrevista coletiva na Arena MRV. O diretor detalhou a situação da acústica do estádio do Galo e também do orçamento para futebol no clube.
“Escuto muitos questionamentos sobre o responsável, ela está no meu colo. Eu estava aqui desde o primeiro momento na construção da Arena. Na época, tínhamos duas opções: atender o licenciamento ou não levar a obra a frente, decidi levar a obra a frente. Atendemos ao licenciamento. De fato existe um problema. Arena MRV tem uma cobertura para absorver 95 decibéis internamente e não tem pegado fogo“, afirmou.
“Me coloco como torcedor, todos nós queremos uma arena pulsante, nada nos incomoda mais hoje do que esse assunto. Nos dois ou três primeiros jogos em agosto de 2023, estrava claro que não estava funcionando. Começamos um planejamento em dezembro. Não é um problema só, queria caracterizar dois pontos: uniformidade de canto e a cobertura. Queremos deixar as torcidas em um setor único. Nem sempre conseguimos, tivemos suspensões, imposições de PM”, opinou Bruno Muzzi.
“Os estádios sem cobertura, não teria uma acústica pior, mesmo assim são caldeirões, porque cantam junto. Usamos um sistema de voz que são usados em estádios modernos. Os estádios novos não são só de concreto, tem de lona, metálico. Hoje o que acontece é que quem está no setor norte não escuta quem está no sul. Fizemos o primeiro teste contra o Flamengo. Tivemos 105 decibéis quando cantaram junto. No Maracanã alcançaram 97. A arena nunca priorizou shows. Show é importante, mas não prioridade. Recusamos 20 eventos, não fizemos shows. Temos o problema do gramado. Bruno Mars foi divulgado, recusamos. A prioridade sempre é o futebol”, complementou.
Além disso, Muzzi também falou sobre o preço do ingresso para os jogos na Arena MRV. Ao ser questionado sobre a inserção das classes mais baixas, ele afirmou que o ticket médio aumentou apenas R$ 8 nos últimos cinco anos.
“2021, 2022, 2023, no Mineirão, o ticket médio era de R$ 50. Na Arena MRV, o ticket médio é de R$ 58. Só pela inflação, está no mesmo nível. Avaliamos diversos aspectos, estamos aprimorando o entendimento do comportamento do jogador. Temos setores mais baratos na casa de R$ 27, já tivemos a R$ 36. Trabalhamos muito com a comparação do ticket médio, para endereçar às duas cabeças, como rentabilizar e dar acesso a todos na Arena MRV. Se pegar a precificação de ingressos do Brasileirão de 2024, somos o oitavo clube de preço médio. Flamengo, Corinthians, Palmeiras, Grêmio, Athletico, Atlético-GO tem tickets médios maiores que os nossos”, explicou.
Orçamento para o futebol do Atlético-MG
Logo no início da entrevista coletiva, Bruno Muzzi expôs números dos investimentos que têm sido feitos nas últimas temporadas para o futebol. Além disso, afirmou que o Galo não tem um elenco curto.
“Desde 2020 até 2024, os investimentos do Atlético são muito parecidas. Nesse período, em cinco anos, investimos R$ 763 milhões de reais. Em 24 estamos na casa de 146 milhões. É importante entender como chegamos nesses números. Tudo que é compra de direitos, luvas, comissões, esses valores que são investimentos no futebol. Em 2020, quando os acionistas entraram, foi na casa de R$ 200 milhões. Para o ano que vem faremos o orçamento em setembro, mas não ficará longe desses números”, disse.
“Em 2020 tivemos 33 atletas, 2021 31, 2022 31, 2023 39, 2024 39. Não tem elenco curto, mas uma estratégia do Atlético de priorizar qualidade e não quantidade. O Galo não terá grande volume de contratações, seguiremos esse caminho de algumas contratações pontuais. As vezes com perfil mais jovens, perfil SAF como dizem na imprensa, e outro que já venham com performance”, expôs Muzzi.
Quer ficar por dentro de tudo sobre a temporada do Atlético-MG? Visite o site do 365Scores e saiba confira a tabela de pontos atualizada, estatísticas, elenco atualizado, transferências e mais!
