Na noite da última segunda-feira (15), o badalado Palmeiras deu adeus a chance de um terceiro título da Copinha ao ser derrotado pelo Aster, de Itaquaquecetuba. O mentor da vitória, o técnico Valter Santos, revelou ao 365Scores qual foi a estratégia para vencer o Verdão, clube pelo qual torcia na adolescência.
“Ontem, eu tentei tranquilizar os atletas, a maioria nunca tinha jogado com tanto público. Durante a semana fui acompanhando o comportamental, observando como cada um ia reagir. Na arena, vi que eles estavam tranquilos e focados. Eu falei para tentarem segurar os primeiros 15 minutos, que o jogo seria diferente. Fomos para o intervalo com 0 a 0 e era o momento de eu usar a estratégia. Fomos felizes, o menino que fez o gol era mais agudo. Acredito que surpreendeu um pouco o adversário, porque eles podiam acreditar que entraríamos com a mesma postura“, disse Valter Santos que não pode contar com dois jogadores do time titular.
“Fiz aniversário dia 12. Foi um dos melhores presentes que já ganhei. Na minha infância, minha família era toda corintiana, o único palmeirense fui eu por causa do meu pai. Participei da organizada do Palmeiras. Ontem, fiquei emocionado porque meu filho, que faz parte da Mancha Verde, ele nunca posta nada em derrota do Palmeiras, ontem ele postou porque era o pai dele. Foi algo que me emocionou”, revelou em conversa por telefone com o 365Scores o técnico que dias antes ganhou uma festa.
Inspiração em Dorival Júnior projeto do Aster
Entre idas e vindas, o jovial técnico de 52 anos teve idas e vindas ao Aster e participou da montagem do atual elenco. Três meses antes do início da Copinha, o time sofreu diversas modificações, com a chegada de 12 atletas.
“Alguns já estavam com uma idade que não correspondia para o projeto que eu pensava e outros por modelo de jogo. Tivemos que fazer uma reformulação. Tivemos que trazer 12 jogadores. Tive o apoio do captador e montamos a equipe. Disputamos competições preparatórias e ontem conseguimos vencer o Palmeiras, mobilizar a cidade. Os torcedores não tinham futebol há aproximadamente 23 anos”, explicou Valter Santos.
“Vai ser um jogo duro, na Copinha não tivemos nenhum jogo fácil. O calor pesa também, aqui a sensação térmica do nosso estádio chega a bater 40 graus. Amanhã esperamos um jogo duro. Temos informações do adversário, os atacantes são velozes. Um jogo de igual para igual, eles tem o mesmo sonho que nós. Todos querem uma oportunidade, chegar em um clube de maior estrutura”, projetou sobre as oitavas de final.
Inspirado pelo lendário Telê Santana, Valter Santos tem referências distintas para formar seu estilo de jogo. Com pitadas de Fernando Diniz na liberdade aos atletas e a responsabilidade tática dos comandados de Abel Ferreira, o treinador monta sua própria ideia de jogo no Aster.
“Sou um treinador que gosta muito da parte tática. Fiz os cursos da CFB, tenho a Licença B. Estudo futebol, tenho referências no mercado que trabalham ideias novas. Creio que Deus tem preparado algo bom para a gente. Gosto muito de marcação por encaixe, mas não gosto de trabalhar só um esquema de jogo. Temos variações táticas. Eu gosto da marcação pressão e dar liberdade. Já tive a experiência do profissional, mas meu propósito é trabalhar com a base. Vejo que temos que dar liberdade para o jogador tomar a decisão, ele tem que mostrar o potencial dele. Se ele ficar muito amarrado, de não tomar gol, ele não aparece e não mostra sua qualidade”, contou o técnico.
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