Bruno Lage nega atrito com Tiquinho e revela pedido por reforços não atendido no Botafogo
Sete meses depois de ter sido demitido pelo Botafogo, o português Bruno Lage falou pela primeira vez sobre a sua passagem pelo clube carioca. Em entrevista ao jornal “Record“, de Portugal, o técnico recordou o período no Alvinegro, disse que não se arrepende de ter trabalhado no Brasil e negou qualquer atrito com Tiquinho Soares.
“Só tive problema com o Tiquinho quando ele marcou contra o Benfica que treinei. É um excelente profissional. É um excelente profissional e tivemos o azar de perder ele por lesão no nosso terceiro jogo no Brasileirão. Para o jogo contra o Goiás, em virtude de sentir que o Tiquinho ainda buscava o ritmo que tinha perdido, o Diego Costa me pareceu a melhor opção”, disse.
“Como treinador tenho de decidir em função do rendimento da equipa. Nunca tive problemas com os jogadores por causa disso”, completou Bruno Lage.
Além disso, o português ressaltou que alguns dos problemas evidenciados já tinham sido diagnosticados pela sua comissão técnica, mas não foram resolvidos de forma adequada pela direção do clube.
“Não me arrependo. É necessário entender o contexto. O John Textor me apresentou um projeto para substituir Luís Castro, que deixou o Botafogo na 12ª rodada com sete pontos na liderança. Analisamos o elenco e afirmamos que era necessário um lateral-direito e uma alternativa a Tiquinho. Apresentamos alguns nomes capazes de render no momento, mas contrataram dois jovens”, afirmou.
Os jovens os quais se referiu são os uruguaios Mateo Ponte e Valentín Adamo, lateral-direito e centroavante, respectivamente, contratados pelo clube na segunda janela de transferências da última temporada.
Bruno Lage nega oferta do Lyon
Bruno Lage deu de ombros sobre o fato do tempo ter dado razão ao que fez. Além de ressaltar que o objetivo era ajudar o Botafogo a ser campeão, o português negou que tenha recebido oferta do Lyon.
“Gostei de o conhecer e faço mea culpa, pois poderia ter compartilhado de forma mais veemente aquilo que ia analisando diariamente. Não quis saltar hierarquia e percebi que naquela altura o foco estava nas outras equipes da empresa, que atravessavam momentos difíceis. Ele foi corajoso recentemente ao lamenta a minha saída em público. Uma relação mais próxima teria dado mais frutos”, disse Bruno Lage.
Lage deixou o Botafogo com cinco vitórias, sete empates e quatro derrotas em 16 jogos disputados. À época, o clube ainda era líder do Brasileirão, posição que perdeu apenas oito rodadas depois com o empate em 2 a 2 com o Bragantino.
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