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Brasil é o país estrangeiro com mais jogadores na Premier League pela 3ª temporada consecutiva

A janela de transferências de verão da Premier League se encerrou, e o futebol inglês continua a ser protagonista no mercado. Segundo o “Transfermarkt”, os gastos dos clubes da elite inglesa no período superam a casa dos R$ 14,6 bilhões (€2,33 bilhões), sendo disparado o país com maiores cifras movimentadas.

Entre idas e vindas, o Brasil segue em destaque no campeonato como país estrangeiro que mais fornece atletas para o campeonato. São 32 jogadores até o momento, com mais uma chegada garantida para a janela de janeiro, podendo ainda igualar o recorde de 36 com eventuais novas contratações.

Para a temporada 2024/25, iniciada neste mês de agosto, dez brasileiros farão suas estreias na Terra do Rei: Savinho, Evanilson, Igor Thiago, Luis Guilherme, Gustavo Nunes, Pedro Lima, Carlos Miguel, André, Morato e Welington, que chegará ao Southampton em janeiro de 2025.

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Joia do Palmeiras, Estêvão também foi contratado pelo Chelsea, mas se apresentará aos Blues apenas em julho do próximo ano, quando terá 18 anos completos. Ou seja, não disputará a atual temporada. Deivid Washington, também do clube londrino, está no elenco sub-21 e pode deixar o país em breve.

Juan, ex-São Paulo, fechou com o Southampton no período, mas o empréstimo para o Göztepe, da Turquia, adiará o começo da trajetória na Premier.

Considerando as contratações já confirmadas, 16 dos 20 clubes da elite do futebol inglês terão brasileiros em seus elencos. Com as transferências de André, Neto e Morato, as equipes que lideram o quesito são Arsenal, Nottingham Forest e Wolverhampton, que chegam a quatro representantes do Brasil cada.

Em seguida, está o Fulham com três. Enquanto isso, apenas Chelsea, Everton e os recém-promovidos Leicester City e Ipswich Town não têm nenhum representante verde e amarelo no plantel profissional.

Conhecida como a liga mais popular do planeta, os gastos bilionários são marca registrada do Inglês e a diferença para os demais campeonatos é notável.

O italiano e o alemão, os seguintes na quantia investida em reforços, não conseguem acompanhar o ritmo. Mesmo com R$6,2 bilhões e R$3,7 bilhões movimentados em compras, respectivamente, a soma deles ainda não consegue alcançar os mais de R$14,6 bilhões dos clubes da Inglaterra.

“É uma liga muito sólida e que trata muito bem o seu produto. Todos os atletas sonham em jogar lá um dia. Alguns dos principais astros do futebol estão por lá. Os estádios são lotados, as torcidas bastante ativas, e os clubes se atentam muito para a importância de oferecer entretenimento para além da competição esportiva. São oferecidas diversas oportunidades comerciais e de marketing para as marcas, ativações criativas, um conceito de match day bastante estabelecido e grande cobertura da mídia local e mundial. Aliar um produto a uma competição tradicional e, ao mesmo tempo, cada vez mais inovadora se torna algo atrativo para qualquer marca”, analisa Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo. 

A atratividade e as grandes contratações são resultado dos grandes faturamentos dos clubes. Segundo análise da Deloitte Football Money League, a receita dos 20 times da primeira divisão inglesa atingiu a quantia de 6,1 bilhões de libras. A estimativa dos especialistas é de que o montante desta temporada supere a marca e atinja os £6,38 bilhões.

Fábio Wolff, que há 28 anos presta consultoria e auxilia no planejamento, estratégia, desenvolvimento, criação e ativação do marketing a empresas no segmento esportivo, vê a Premier League como a principal liga em termos esportivos, econômicos e de posicionamento estratégico.

“A presença de grandes estrelas e nomes de jogadores midiáticos também contribuem muito para o sucesso da Liga. O campeonato sobe de patamar em termos de nível técnico e também atrai maior audiência internacional” , finaliza Wolff.

Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa do rapper norte-americano Jay-Z, e que agencia a carreira de Gabriel Martinelli, do Arsenal, elenca as razões do sucesso da competição.

“O principal motivo é quanto dinheiro os clubes recebem. O segundo, quanto desse dinheiro destinam aos atletas. E depois, quanto desse dinheiro destinam a promoção, estruturação e organização da liga. Mais dinheiro para atletas, atrai os mais qualificados. Mais dinheiro para a organização, atrai os melhores gestores”, conclui.

Um dos fatores a impulsionar os números de faturamento é a venda dos direitos de transmissão, tanto a nível nacional quanto global. Os contratos domésticos de televisão mais recentes, válidos de 2025 a 2029, renderão um total de 6,7 bilhões de libras para a competição, já o pacote internacional tem potencial de igualar ou superar esse montante. 

Para Marcelo Paz, CEO da SAF do Fortaleza, essa fonte de renda é fundamental para a indústria do futebol.

“Em qualquer país, a venda dos direitos de transmissão representa fator significativo para impulsionar a capacidade de investimento dos clubes locais. Na Inglaterra, esse processo tem sido realizado com muito sucesso, com uma liga muito bem estabelecida. Não deixa de ser uma inspiração para o atual momento que vivemos no Brasil, em que buscamos um ganho interessante em comparação com o ciclo que se encerra neste ano de 2024”, comenta.

Em termos de infraestrutura esportiva, os especialistas também enxergam a Premier League como referência mundial.

“O estádio do Tottenham, por exemplo, possui inúmeras inovações tecnológicas. Foi instalado um gramado retrátil para que o clube também receba jogos da NFL. É uma estrutura moderna e que possibilita a geração de novas receitas”, finaliza Sergio Schildt, presidente da Recoma, empresa especializada em pisos esportivos e que atua há 45 anos no mercado.

Brasileiros que jogarão a Premier League na temporada 2024/25:

  • Arsenal: Gabriel Jesus, Gabriel Magalhães, Gabriel Martinelli, Neto
  • Aston Villa: Diego Carlos
  • Bournemouth: Evanilson
  • Brentford: Igor Thiago, Gustavo Nunes
  • Brighton: Igor, João Pedro
  • Chelsea: não possui
  • Crystal Palace: Matheus França
  • Everton: não possui
  • Fulham: Andreas Pereira, Carlos Vinícius e Rodrigo Muniz
  • Ipswich Town: não possui
  • Leicester City: não possui
  • Liverpool: Alisson
  • Manchester City: Éderson e Savinho
  • Manchester United: Antony e Casemiro
  • Newcastle: Bruno Guimarães e Joelinton
  • Nottingham Forest: Carlos Miguel, Danilo, Morato e Murillo
  • Southampton: Welington (chega em janeiro de 2025)
  • Tottenham: Richarlison
  • West Ham: Lucas Paquetá e Luis Guilherme
  • Wolverhampton: André, João Gomes, Matheus Cunha e Pedro Lima

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Nathalia Gomes

Gaúcha no Rio. Tenho forte ligação com tênis e com futebol desde a infância. Além de escrever sobre os esportes, também sigo de perto as rotinas de Gabriel Medina, Renato Gaúcho e Cristiane! Ah! Além de jornalista, também sou a mamãe do Joca :)

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