Brasil conquista a medalha de bronze na Ginástica Artística por equipes
Mais uma medalha para o Brasil na Olimpíada! Na tarde desta terça-feira (30), a seleção brasileira feminina conquistou o bronze na ginástica artística por equipes ao somar 164.497. Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Julia Soares e Lorrane Oliveira escreveram seus nomes em mais um capítulo do esporte brasileiro.
Foi na última rotação, no aparelho do salto, que as brasileiras alcançaram o tão sonhado pódio. Foi de Rebeca Andrade a nota final, um 15.100 em um Cheng lindamente executado, que garantiu o bronze para a equipe no último momento.
O ouro ficou para a equipe dos Estados Unidos, liderada por Simone Biles, que fez um somatório total de 171.296. Já o segundo lugar, a medalha de prata, ficou com a Itália, que fez 165.494.
Como foi a disputa pela medalha?
Antes mesmo das apresentações começarem, durante o aquecimento, Flavia Saraiva caiu das barras, bateu com o rosto no chão e abriu o supercílio, sangrando muito. Fora do pódio até o último salto, o Brasil acabou superando a China e a Grã-Bretanha, conquistando a medalha pela força de seu conjunto e pela luz de Rebeca.
Melhor ginasta do Brasil e uma das melhores do mundo, Rebeca Andrade se apresentou nos quatro aparelhos, assim como Flávia Saraiva, que foi para a luta com curativo no supercílio. Caçula da equipe e finalista da trave, Julia Soares, de 18 anos, completou o time no solo e na trave.
Por sua vez, a veterana, Jade Barbosa foi a terceira competidora do Brasil no salto, enquanto Lorrane se apresentou nas barras assimétricas.
Barras assimétricas
O Brasil começou pelo seu aparelho mais fraco, as barras assimétricas. Ficou em quarto após a primeira rotação e ainda desceu para sexto depois de trave e solo.
Lorrane Oliveira foi a primeira brasileira em ação. A ginasta, especialista nas barras, entregou uma apresentação sólida e segura. Com um ligeiro erro de postura e um pequeno passo na saída, recebeu 13.000 na pontuação.
Com um curativo no supercílio depois de receber atendimento médico, Flávia Saraiva foi a segunda brasileira a se apresentar nas assimétricas. Fez uma série fluida e teve apenas um pequeno desequilíbrio. A nota foi de 13.666.
Rebeca praticamente cravou sua série. Acertou a ligação de elementos que não fez na classificatória e fez uma saída praticamente cravada, recebendo 14.533.
Trave
Com sua entrada-assinatura, Julia Soares abriu as séries do Brasil na trave. Finalista, a brasileira emendou com um triplo giro de cócoras perfeito, seguiu com uma sequência acrobática, se desequilibrou e caiu. Perdeu uma ligação de elementos por causa da falha, mas voltou para a trave e completou sua série sem outros erros, com uma saída quase cravada. Recebeu 12.400.
Flavia Saraiva foi a segunda e simplificou uma sequência de acrobacias e teve um desequilíbrio grande, mas se manteve firme na trave, não caiu e fechou bem.
Por último, Rebeca Andrade teve um desequilíbrio grande quase no fim, mas fez uma série muito boa, com alto grau de dificuldade, e cravou a saída, recebendo 14.133.
Solo
A mistura de pagode com Edith Piaf de Julia Soares deu início à redenção brasileira. Ao som de Cheia de Manias, do Raça Negra, e de Milord, da cantora francesa, Julia apresentou giros perfeitos junto ao solo, mortais seguros, graça, samba no pé e ainda mandou beijinhos para o público.
Já Flavinha encantou a plateia com uma série graciosa e animada, ao com do Cancan. A brasileira não fez sua série mais difícil, mas acertou cada salto e acrobacia e deu show de simpatia.
Candidata a medalha no solo, Rebeca Andrade teve dificuldade de cravar a chegada de duas acrobacias, mas evitou erros graves. Com uma série de muita dificuldade, foi aplaudida ao final da apresentação.
Salto
Jade Barbosa começou a última rotação para o Brasil. Ela fez um DTY, o Yurchenko com dupla pirueta e recebeu 13.366. Por sua vez, Flavinha acertou o DTY, que deu 13.900 para a equipe.
Por fim, com um Cheng extremamente bem executado, Rebeca Andrade fechou as apresentações brasileiras com um salto digno da campeã olímpica e mundial e recebeu a espetacular nota de 15.100.
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