Arbitral decide retorno do Carioca, e Flamengo faz primeiro jogo da volta
O futuro próximo do futebol carioca, paralisado desde 15 de março devido à pandemia da Covid-19, foi decidido no Arbitral da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) que começou no fim da tarde de segunda-feira, 15 de junho, e entrou madrugada adentro. Houve os apelos de Botafogo e Fluminense, que desejavam o retorno dos jogos somente a partir de julho, e os outros clubes, liderados por Flamengo e Vasco, reafirmaram a vontade de recomeçar em junho. E prevaleceu a vontade da maioria: o Campeonato Carioca volta no dia 20 de junho, desde que seja concedida a autorização do Governo do Estado do Rio de Janeiro, o que deve acontecer até quarta-feira.
Dois jogos, no entanto, foram marcados para antes do dia 20: Flamengo e Bangu se enfrentam na quinta-feira (18), e Boavista e Portuguesa, na sexta (19). Botafogo e Fluminense têm seus jogos contra Cabofriense e Volta Redonda, respectivamente, marcados para o dia 22, mas afirmam que não entram em campo. De cara, a Ferj propôs o recomeço do estadual no dia 20, com a observação de que os clubes que se sentissem prontos, casos de Fla e do time de Moça Bonita, poderiam entrar em campo no dia 18 ou 19. Uma nova reunião, marcada para esta terça-feira, vai definir horários e locais dos jogos.
Depois de uma pausa, o presidente da Federação, Rubens Lopes, disse que Botafogo e Fluminense poderiam jogar no dia 22, voltando a campo dois ou três dias depois. Então, Lopes concedeu a palavra aos representantes de cada agremiação. O clube das Laranjeiras até chegou a aceitar a reestreia no dia 29, e o Botafogo, que defendeu o retorno somente em julho, anunciou que pode voltar aos treinos na próxima quarta-feira – a diretoria alvinegra se reunirá com a comissão técnica nesta terça-feira para bater o martelo –, mas que não aceitaria a data levantada pela Ferj.
A decisão aconteceu depois de oito horas de reunião – que começou às 17h30 e terminou à 1h30, com uma hora de intervalo –, e o clima foi de tranquilidade, apesar de momentos de irritação com as posturas de Bota e Flu. Devidamente resolvidos, um deles foi que os dois clubes ignoraram um acordo previamente firmado com os outros 14 clubes: todos aceitariam a volta às atividades a partir do momento em que o governo estadual desse o sinal verde, o que aconteceu com a aprovação do protocolo Jogo Seguro, elaborado pela Ferj e pelos clubes.
O Arbitral contou com a participação de Botafogo e Fluminense, representados pelos seus respetivos presidentes, Nelson Mufarrej e Mário Bittencourt – os dois clubes haviam manifestado irritação por causa de uma reunião realizada pela Ferj no sábado anterior, sem a presença de ambos. O Flamengo mandou seu diretor executivo de futebol, Bruno Spindel, e o diretor de relações externas do clube, Cacau Cotta, e o quadro dos quatro grandes clubes do estado foi completado pelo presidente do Vasco, Alexandre Campello.
O Flamengo já defendia recomeçar na próxima quinta-feira, contra o Bangu, no Maracanã, e o Vasco trabalhava com a hipótese de enfrentar o Macaé, sábado, em São Januário. O Fluminense, por sua vez, havia antecipado que não teria condições de entrar em campo nesta semana. No Arbitral, o Tricolor sustentou no início que o elenco ainda será submetido a testes do novo coronavírus, o que deve acontecer na próxima segunda-feira, dia 22, data da possível reapresentação dos jogadores.
De acordo com Bittencourt, o clube precisaria de mais duas semanas para tudo estar em ordem. A ideia foi rechaçada pelo Vasco e pelo presidente do Volta Redonda, Flávio Horta. As partes lembraram que os treinos foram liberadores há algum tempo, mas que o Fluminense optou por não voltar com as atividades.
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Outras decisões importantes foram tomadas no Arbitral. O número de substituições por jogo passou de três para cinco, e as partidas terão três intervalos durante o tempo regulamentar – o intervalo de 15 minutos entre os dois tempos fica fora da conta. Além disso, cada clube poderá usar até 12 jogadores amadores no restante do Carioca, em vez dos quatro anteriormente permitidos. A medida visa, principalmente, ao auxílio a clubes pequenos, por causa do elenco reduzido devido à pandemia.
Em mais uma iniciativa extraordinária, o jogador que tiver se transferido para um adversário poderá entrar em campo, mesmo que já tenha atuado pelo ex-clube no Carioca em 2020. Da mesma maneira, o prazo mínimo de três meses do vínculo entre o atleta e o clube foi deixado de lado. O contrato poderá ser excepcionalmente por tempo menor, possibilitando a disputa do restante da competição. A vaga na Copa do Brasil destinada aos clubes menores, anteriormente conquistada num torneio extra, será de acordo com a classificação final.
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