A estreia da temporada do Flamengo contra o Audax-RJ na noite da última quarta-feira, com a goleada por 4 a 0, agradou o técnico Tite. Além de satisfeito com o placar, o comandante se mostrou feliz com o que a equipe apresentou em termos de competitividade, tática e técnica.
Em coletiva, Tite exaltou seus jogadores e também a qualidade apresentada em campo. Ao falar da preparação, o técnico rubro-negro deu uma declaração surpreendente. Ele disse que o Carioca é o campeonato estadual mais forte do país, acima de São Paulo.
“O Campeonato Carioca atual, na minha opinião, é o mais forte do Brasil. Hoje. Antes era São Paulo, agora é o Rio. Ele é muito difícil. E a busca nossa é de classificação, a busca é do título carioca. Então esse processo de evolução visa esse objetivo. Talvez seja pouco para a história do Flamengo, mas ele é grande para uma comissão técnica que está chegando. E é uma fonte geradora de confiança para uma sequência de trabalho também”.
“Mais do que a vitória, a forma com que foi construída a vitória é que ela foi consistente. É uma equipe que teve a competitividade associada à qualidade técnica. As suas construções e a troca de passes por vezes sem acelerar com velocidade, com qualidade, para chegar no terço próximo à área do adversário, a bola entre as linhas para evitar a conclusão”.
E completou: “Então há o número de conclusões, de situações criativas que a equipe teve. Mantendo-se a consistência, o que foi significativo. É uma construção também associada, foram algumas perguntas, com alguns itens do ano passado, que também tem um lastro com a equipe ganhando consistência e evolução”.
Sobre a parceria Pedro e Gabigol em campo, Tite não descartou a utilização dos jogadores em posições diferentes, como aconteceu no duelo válido pela 1ª rodada do Carioca.
“Como nós fizemos hoje, ele (Gabigol) atrás do Pedro e fazendo uma pressão lado a lado para que corte alguém de passe do adversário, sim. Não dá para usar a Gabriel do lado e o Pedro do lado, aí fica inviável. Em um modelo de tripé do meio-campo para rodar, para ter um Arrascaeta com dois da frente, nós não temos jogadores com essas características, a equipe se mudou com os dois externos, ou mais um meio-campista jogando do lado. Antes era Gerson, as vezes era a Everton Ribeiro, agora o Nico De La Cruz, ela pode ser com Victor (Hugo). Então ela se molda dessa forma”.