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Análise: Cauteloso demais, Jardim demora a mexer, e Cruzeiro perde para frágil Santa Fe sem criar nenhuma chance

Diferente do que ocorreu no Mineirão contra o Mirassol no último sábado, o Cruzeiro não conseguiu criar sequer uma chance perigosa contra o Unión Santa Fe, vice-lanterna do Grupo A do Campeonato Argentino.

Inicialmente, no papel, a Raposa entrou no Estádio 15 de abril com uma formação igual à do Brasileirão. Entretanto, a equipe foi muito mais conservadora, com três volantes de origem (Walace, Lucas Romero e Christian, este último atuando mais à frente).

Com isso, o meio de campo do Cruzeiro se tornou inoperante criativamente. Sendo assim, os atacantes Gabigol e Lautaro Díaz se desdobraram no campo para tentar fazer a bola chegar ao ataque.

Do outro lado, o Santa Fe dificultou ainda mais a vida de Leonardo Jardim com a linha de cinco jogadores atrás. Isto porque os dois alas subiam para dar suporte na pressão argentina, que variava de dois a cinco jogadores, a depender do momento da partida, mas com outros jogadores atrás para pressionar a segunda bola.

Desta maneira, na primeira etapa, as poucas chances celestes vieram de movimentações de Gabigol e Wanderson, que segurou a bola, mas sofreu com marcação dura.

Demora para mexidas de Jardim

Mesmo vendo um time que não criava chances claras de gol, Leonardo Jardim acreditou que a conversa nos vestiários mudasse o ritmo de jogo, o que aconteceu por alguns minutos.

Além de não conseguir trabalhar a bola, a Raposa passou ainda a dar espaços na área para o adversário, que assustou com Estigarribia.

Apenas aos 20 minutos Leonardo Jardim modificou as peças de ataque e aos 31 colocou Matheus Henrique. Entretanto, o jogador entrou para atuar na direita, voltando ao esquema do último sábado, ainda sem um criador pelo meio.

Sendo assim, com jogadores novos, o Cruzeiro teve um novo espasmo de ofensividade, mas que passou rápido. No último minuto, após cobrança de escanteio, Diego Armando Díaz aproveitou sobra e fez o gol solitário do jogo. Talvez um presente que o Santa Fe não merecesse, mas um castigo que o Cruzeiro buscou por 90 minutos.

Análise de Leonardo Jardim

Segundo o técnico do Cruzeiro, sua ideia era que a partida seria mais brigada do que jogada. Sendo assim, escalou os jogadores com características que iam de encontro a isso.

“Não foi um jogo muito bem jogado, foi de luta e entrega. Já sabíamos disso. Nós entramos com muitos jogadores com que tem essa característica de agressividade e luta, porque sabíamos que seria assim”, analisou.

“Na segunda parte, melhoramos. No início dela foi o nosso melhor período. Depois, voltamos a perder um pouco e o adversário foi mais intenso. Acabaram sendo felizes em uma bola parada, que tem dois desvios antes da bola entrar”, afirmou.

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Eduardo Statuti

Repórter multimídia do 365Scores, atuo na cobertura de Atlético, Cruzeiro e América-MG. Também escrevo um pouco sobre Fórmula 1 e acompanho de perto a carreira de Hulk, Yuri Alberto e Neymar.

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