Análise: Atlético-MG é muito superior em estreia, mas desperdiça chances e sofre com falhas individuais

Campeão mineiro, o Atlético-MG entrou em campo na Arena do Grêmio como se fosse mandante. Entretanto, enquanto precisou de 22 chutes para fazer um gol, o Tricolor fez dois dois em 12, e essa é a estatística que vale no jogo. Para a temporada, o importante é o desempenho que o Galo teve em campo.
Desde os minutos iniciais da partida, o Alvinegro buscou as pontas do campo, com Rony e Cuello se movimentando com liberdade para encontrar um ao outro dentro da área. Um dos grandes destaques do estadual, Lyanco não teve grande noite em Porto Alegre.
O zagueiro e Arana já haviam falhado em um lance poucos minutos antes do gol gremista. Importante ressaltar que o tento tricolor teve origem em um lance polêmico de pé alto contra Natanael e que ditou parte do jogo, com destacado por Cuca.
“O primeiro gol é jogada de falta. Eu falei com o Claus e ele disse que sem contato não é falta. Quando vou cabecear uma bola e vem uma chuteira, eu tiro a cabeça, foi o que aconteceu com o Natanael, um pé alto”, pontuou Cuca.

Gols sofridos pelo Atlético-MG
Pontuada a potencial infração, Amuzu teve um pouco de liberdade no embate com Alan Franco e fez cruzamento venenoso para a área. Tanto Junior Alonso, quanto Arana, foram ludibriados pelo ataque do Grêmio, mas o lateral permitiu que Arezzo atacasse suas costas sem dificuldades para abrir o placar.
Atrás no placar, o Atlético-MG sofreu com a pressão gremista com cinco jogadores na saída de bola. Antes do segundo gol no entanto, Rony teve chance clara em embate com Volpi. Neste momento do jogo, o Galo buscava Hulk na entrada da área.
Com a pressão tricolor, o Atlético-MG precisou que Scarpa recuasse para começar as jogadas, mas ainda assim Lyanco acabou muito pressionado e errou passe no meio do campo. Villasanti aproveitou, tentou achar Oliveira na direita, mas a bola bateu em Alonso, rebateu em Arana e sobrou limpa para Edenilson ampliar.

Galo segue mais forte no segundo tempo
Com a mesma formação, Cuca viu seu time voltar para o segundo tempo com o mesmo ritmo buscando triangulações no meio de campo para abrir espaço na frente. Assim saiu o primeiro gol atleticano, impedido, com troca de passes entre Scarpa, Lyanco e Rony.
Do lado do Grêmio, linhas totalmente recuadas e Hulk sempre marcado por dois ou três jogadores nas fases de perigo. Vendo o tempo ir embora, o técnico do Galo optou pela entrada de dois atacantes, Júnior Santos e João Marcelo, um para dar amplitude e outro para fazer o pivô. Além deles, também tirou Júnior Alonso para colocar Rubens, como zagueiro, liberando Guilherme Arana no ataque.
Com essa formação, saiu o gol do Atlético-MG. Após jogada bem trabalhada, Scarpa encontrou Rony dentro da área, que soube guardar posição e atacar o espaço nas costas de João Lucas.

Postado como pivô na entrada da área, João Marcelo foi importante nas triangulações, mas o Galo só achou espaço para finalizar de fora da área. No último lance da partida, mais uma jogada bem trabalhada e mudando de lado no campo. Scarpa passou para Bernard, que encontrou Lyanco mais atrás. O zagueiro passou para Júnior Santos que cruzou para Rony, parado novamente por Volpi.
Apesar do resultado, o Atlético-MG saiu de Porto Alegre com a certeza que segue muito bem encaixado e organizado. Se algo deve melhorar? Talvez a sorte ou a pontaria, mas para um início, só faltaram os três pontos.
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