Alfredo Sampaio pede abolição do gramado sintético no Brasil: “Lesão muito mais provável”
Convidado da semana do “Basticast“, Alfredo Sampaio, ex-técnico do Vasco, aumentou o coro pela abolição do gramado sintético no futebol brasileiro. Para ele, a chance de um jogador se lesionar é muito maior em uma campo artificial.
“O Messi tem uma cláusula no contrato dele que proíbe ele de jogar no sintético. O que incomoda aqui no Brasil é que o gramado sintético serviu como ajuda de custo. Os caras querem grama sintética pra fazer show, não pra ter um futebol melhor. Se fosse bom, a Europa jogava com ele – e ninguém joga. Só a liga holandesa que vai voltar agora. Todas as principais ligas é proibido o sintético”, iniciou.
“A mesma lesão que você tem na grama sintética e natural, a probabilidade de acontecer é muito maior na sintética. Ela é mais dura. Apesar de que, hoje, o nível dela aumentou muito. O mecânico do atleta, tornozelo, joelho, fica comprometido. O impacto é maior, ainda mais jogando embaixo desse sol”, completou.
Nas redes sociais do “Basticast”, o assunto se tornou pauta de discussão entre torcedores. A opinião segue dividida, com parte defendendo o gramado natural, enquanto outros argumentam a favor do sintético – como é o caso de John Textor, acionista majoritário da SAF do Botafogo.
Textor e os “campos de bezerro”
A CBF organizou uma reunião com com os clubes brasileiros, onde o Fluminense e a Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol) solicitaram a proibição do gramado sintético no Brasil. John Textor, no entanto, defendeu o tipo de grama e afirmou que o Botafogo não jogará em “campo de bezerro”.
“A saúde dos jogadores está em melhores condições no sintético. Temos uma alta qualidade que está creditada até por jogadores de outros clubes. As vezes pessoas que nem pisam na grama ou jogam futebol falam bobagem. Eu queria que eles olhassem o sistema que nós criamos. A grama no Brasil é diferente. Olhe para todas lesões de tornozelo e nas pernas que tivemos em gramados ruins. Se vamos jogar em campos de bezerros na liga, as pessoas devem investir em campos 80% naturais e 20% sintéticos, que é o padrão das grandes ligas no mundo”, disse Textor, após o jogo contra o Bragantino.
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