Alex Cassundé presta depoimento, diz que não cobrou por intermediar patrocínio e que buscou casa de apostas no ChatGPT
Nesta terça-feira (25), Alex Fernando André, o Alex Cassundé, empresário que intermediou o contrato de patrocínio entre o Corinthians e a VaideBet, prestou depoimento à Polícia Civil e ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo). A informação foi divulgada inicialmente pelo “ge”.
Ele afirmou que não cobrou por intermediar o acordo e que o pagamento de R$ 25 milhões foi oferecido pelo clube. Cassundé teria dito que conheceu a casa de apostas pelo ChatGPT (ferramenta de inteligência artificial) com a pergunta “dicas de como encontrar uma empresa de bet”.
Atualmente, quando se faz esse questionamento, não há a mesma resposta. O 365Scores fez a pergunta e não recebeu o nome de nenhuma casa de apostas, apenas oito recomendações de segurança.
“Teve uma fase desse processo que foi necessária a intermediação e (ele) foi chamado para fazer. Mas ele participou de uma parte da busca por esse patrocínio e aí foi chamado para a intermediação. Inicialmente, não teria, mas houve a necessidade de regularizar”, disse Cláudio Salgado, advogado de Cassundé.
Sobre o presidente Augusto Melo, ele assegurou ter dois contatos pessoais: um na eleição e outro em uma live na sede da Rede Social Media Design. A respeito dos repasses à Neoway, que totalizaram cerca de R$ 1 milhão do bolo de R$ 1,4 milhão recebido até então pela intermediação, afirmou que se tratava de outro negócio no campo da “telemedicina” e se disse vítima de um golpe.
“Ele tem outro negócio, que não vem ao caso. Ele fez uma parceria, comprou um sistema e não foi entregue. São parcerias caras. Ele explicou exatamente isso. Ele foi vítima disso também. A investigação fez um caminho inverso, da ponta ao contrário”, afirmou Salgado.
Prints entregues à polícia
Entre as imagens que foram entregues, uma conta com uma conversa de Cassundé com “Chefe Presidente”. O número do suposto contato está vinculado a uma loja de biquinis, cuja proprietária é Victoria Pereira de Melo, filha de Augusto Melo.
“Não foi questionado sobre isso, até porque já ficou muito evidente que é falso, não existe aquilo, não tem sentido. É tão ruim que a polícia não perguntou sobre isso”, disse Salgado. Apesar disso, fontes na polícia afirmam que a veracidade ainda está sob análise.
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