Futebol365 Entrevista

Alemão celebra bom momento na Espanha e relembra “dia de Ronaldo” no Internacional

Em boa fase no Real Oviedo, da Espanha, o atacante Alemão, ex-Internacional, falou sobre seu momento no futebol europeu em entrevista exclusiva ao 365Scores.

“Está sendo meu melhor momento na Espanha, 100% adaptado, estou jogando mais. Nos últimos jogos fui titular, fiz um gol no último jogo, que rendeu um ponto para nós. Creio que agora está sendo meu melhor momento aqui. Ainda faltam 11 rodadas, se não pegarmos os playoffs. Estou aproveitando muito”, disse o jogador.

Na equipe espanhola, o bicampeão da Eurocopa, Santi Cazorla, é o principal personagem. Antes de atuar por Villarreal e Arsenal, o meio-campista jogou nas categorias de base do Real Oviedo e, segundo Alemão, ainda não decidiu quando irá pendurar as chuteiras.

“O Cazorla é fenomenal, ele levanta o astral do grupo. Sempre sorridente, brincando, eleva o nível do treino com a qualidade dele. Ele é um ídolo da região por ter chegado ao Arsenal e à seleção. Ele voltou para nos ajudar na segunda divisão. Eu conversei com ele para saber quanto tempo mais ele quer jogar, ele disse que depende de como ele se sentir nos próximos anos”, comentou o centroavante.

“É um baita jogador, me lembro dele no videogame, de assistir jogos dele quando era mais jovem. Já tive algumas experiências jogando no Brasil. No Criciúma também peguei o Maicon, lateral. No Inter, peguei o final do D’Alessandro e tive a felicidade de fazer o gol da vitória na despedida dele”, complementou Alemão.

Dia de Ronaldo Fenômeno no Inter

Com passagens por diversos clubes e até mesmo no futebol japonês, o atacante ganhou destaque nacional ao atuar no Internacional e formar uma boa dupla com Pedro Henrique no time gaúcho. No papo com o 365Scores, ele relembrou um “dia de Ronaldo Fenômeno” que teve pelo Colorado.

“Teve uma história engraçada que em 2022. Fomos jogar contra o Palmeiras fora, eu vinha numa boa sequência, e o Mano me tirou, jogamos sem centroavante. Não deu nada certo no primeiro tempo. Ele me colocou no intervalo e eu fiz um baita jogo. Na primeira jogada, eu disputei uma bola com o Gomez, o PH brincou que já dava para ver que eu estava para o jogo. Na segunda, dei um passe para o Maurício, acertei o travessão, fiz gol”, conta o jogador.

“No final, os caras brincam que aquele dia eu estava igual o Ronaldo Fenômeno. Eles falaram para pegar esses 45 minutos e mandar para os clubes da Europa. No vestiário, pelo esforço, abaixa o açúcar do sangue e a gente fica tonto. Ai o Edenilson viu e falou que era a entidade que estava saindo do meu corpo”, relembra Alemão rindo.

Veja mais trechos da entrevista de Alemão ao 365Scores:

Futuro no Real Oviedo

“Todos pensam que eu estou acertado para ir ao México em junho. Mas tudo depende do que acontecer aqui, como as coisas acontecerem. Talvez eu possa seguir aqui porque o clube faz parte do grupo Pachuca. Então, ao final da temporada, vamos sentar e decidir”.

Amizades no elenco espanhol

“Tem o Santiago Colomba, que é argentino, por ser sul-americano é mais do nosso costume, da nossa área. Agora chegou o Homenchenko, do Uruguai, estava no Peñarol. Mas tirando isso, os espanhóis aqui são bem gente boa. Mas sobre essas coisas, o que podemos falar mais dos mesmos assuntos são esses. Conseguimos falar mais do futebol sul-americano.

“A gente, além do futebol, fala de histórias de quando jogávamos na América do Sul, brincamos quando tem Brasil x Argentina. No último clássico, que o Brasil perdeu, quando cheguei no vestiário, o argentino tinha colocado um cartaz com o De Paul com a mão na cara do Richarlison. A gente tira sarro dos países. Falamos do assado, do mate, de tudo um pouco, eu que gosto de tomar chimarrão. Ficamos discutindo qual é o melhor. O chimarrão deles é como se eles pegassem a folha e picassem. A do Brasil é mais uma erva, como se fosse uma farinha com a erva.”

Relação com D’Alessandro

“O pouco que convivi com ele, um mês, vi um chato do bem, que sempre cobra, quer o melhor. Não cobra só o jogador, mas quem está trabalhando também, brigando com repórter. Lembro que em um treino, estávamos aquecendo e os repórteres entrando no campo e um deles começou a gravar. Ele deu um grito mandando pararem de filmar.”

A “pelada” que mudou sua vida

“Eu tinha parado de jogar futebol e a minha empresária é de onde eu nasci. Ela estava fazendo direito e se interessou. A família dela tem raízes no futebol. Ela (Cláudia Carpegiani) foi para a área de direito esportivo e o enteado dela queria ser jogador profissional, então ela começou a levá-lo nas peneiras. Até que um dia fui jogar uma pelada com o marido dela, fui bem, e eles fizeram o convite.”

“Ela veio conversar comigo no intervalo da escola, para saber se ainda tinha o sonho de ser profissional e me explicou mais sobre o projeto. Aí me perguntou se eu ainda tinha vontade, que seria um caminho sem volta, iríamos até não dar mais. Começamos a fazer peneiras, participei da Copa Saudades em Santa Catarina, fiquei na base da Chapecoense. Fiz testes no Grêmio, depois passei por Metropolitano, estreei profissionalmente e por aí foi.”

Passagem pelo futebol japonês

“Foi um país ali que eu não conseguia me comunicar. Tinham dois uruguaios que eu conseguia conversar. Eu estava por empréstimo lá, tinha 19 anos, minha primeira experiência fora do país. Valeu a experiência de conhecer no Japão, pegar a parte técnica que eles prezam muito. Mas foi difícil por estar indo sozinho. É um país completamente diferente. Mas hoje vejo que a experiência me fez crescer. O japonês é um povo muito correto, sempre busca a perfeição, deixa tudo limpo, foi algo que agregou bastante.”

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Eduardo Statuti

Repórter multimídia do 365Scores, atuo na cobertura de Atlético, Cruzeiro e América-MG. Também escrevo um pouco sobre Fórmula 1 e acompanho de perto a carreira de Hulk, Yuri Alberto e Neymar.

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