
Por Rodrigo Calvino
Considerada a maior jogadora de todos os tempos, a atacante brasileira Marta está eternizada no Museu da Seleção Brasileira, na sede da CBF, no Rio de Janeiro. Nesta quinta-feira (8), houve o evento de inauguração da estátua de cera em homenagem à jogadora, que esteve presente.
Além dela, a única outra figura a receber a mesma honraria até o momento foi Pelé. O espaço é o maior acervo de memória da seleção brasileira, inclusive.
No local, Marta – maior artilheira da Seleção e seis vezes eleita a melhor jogadora do mundo – concedeu entrevista. Ela falou da estátua, uma possível volta às convocações e também sobre o caso de assédio sofrido por uma jornalista na última quarta, no Maracanã.
Marta afirmou que é uma “responsabilidade muito grande” o que ela e sua estátua representam para o futebol feminino. Ao mesmo tempo, segundo ela, é algo muito bom, sendo um fruto do que foi plantado há tempos.
Sobre a possibilidade de voltar à seleção brasileira, a jogadora disse: “Eu não descartei à volta para a Seleção. Estou voltando de uma lesão, cinco meses do pós-cirúrgico. Tenho plena consciência de que é um trabalho muito complicado, árduo, difícil. Mas com muita dedicação e força de vontade, só depende de mim para poder estar novamente na Seleção com as meninas. Então vou fazer o meu trabalho, vou seguir meu caminho e espero poder estar com elas no ano que vem”.
Já sobre o assédio sofrido pela repórter Jéssica Dias, da “ESPN”, Marta condenou: “O resumo é falta de respeito, algumas pessoas não sabem o limite e acabam confundindo as coisas. Ela estava ali como qualquer outro jornalista masculino, trabalhando em uma cobertura de um grande jogo (…). Esse evento aconteceu de forma lamentável. A gente deixa aqui nossa indignação e pede mais respeito”.