Uefa emite comunicado e promete excluir de suas competições clubes que apoiarem a Superliga
A Uefa, em conjunto com entidades nacionais, comunicou neste domingo que os clubes que tentarem viabilizar a “Superliga da Europa”, torneio que reuniria as melhores equipes do futebol europeu, serão banidos de suas competições e seus jogadores não poderão servir suas respectivas seleções.
A ideia da Superliga não é nova e teria Florentino Perez, indicado como possível presidente da competição segundo o jornal “Daily Mail”, e Andrea Agnelli, mandatários de Real Madrid e Juventus, como principais entusiastas. De acordo com o que apurou a “ESPN”, grandes clubes do futebol europeu estariam negociando para lançar e apoiar o novo torneio, com plano de início para a temporada 2023/2024. Além disso, um fundo de 6 bilhões de euros (cerca de R$ 33 milhões), oriundo do banco JP Morgan, seria a base de apoio do projeto.
Segundo Mohamed Bouhafsi, jornalista da “RMC Sport”, 12 clubes já teriam dado aval para um anúncio da competição. Manchester United, Manchester City, Chelsea, Arsenal, Tottenham, Liverpool, Barcelona, Real Madrid, Atlético de Madrid, Juventus, Inter de Milão e Milan seriam as equipes envolvidas. Clubes como PSG e Bayern de Munique já se pronunciaram contra a Superliga, além das federações das grandes ligas europeias.
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Formato
A fórmula de disputa reuniria 20 clubes – divididos em dois grupos de dez -, sendo 16 destes de forma fixa, enquanto as outras quatro vagas seriam rotativas, de acordo com performance, segundo o que aponta o jornal “The New York Times”. Dentre os permanentes, seis times seriam da Inglaterra, três de Espanha, outros três da Itália, dois da Alemanha e apenas um da França.
Reforma da Liga dos Campeões
Com toda a pressão da Superliga e da Associação de Clubes da Europa (ECA, sigla em inglês), a Uefa irá reformar a Liga dos Campeões e anunciará as mudanças na próxima segunda-feira (19). De acordo com o que se espera, o número de equipes na maior competição de clubes no mundo aumentará de 32 para 36, com dez partidas na fase de grupos ao invés de seis.
Fato é que o surgimento de uma nova liga ainda está distante, já que necessitaria de aprovação das federações nacionais, Uefa e Fifa, que, inclusive, já tratou os movimentos da “Superliga da Europa” como uma “iniciativa pirata”. No entanto, até o momento, a Fifa ainda não se pronunciou sobre o caso. Informações da “BBC” apontam que a tendência é que a Superliga seja anunciada na noite deste domingo (18).
Confira a nota emitida pela Uefa:
A UEFA, a Federação Inglesa de Futebol e a Premier League, a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e a LaLiga, e a Federação Italiana de Futebol (FIGC) e a Lega Serie A descobriram que alguns clubes ingleses, espanhóis e italianos podem estar planejando anunciar a criação de uma superliga fechada.
Se isso acontecer, queremos reiterar que nós – UEFA, FA Inglesa, RFEF, FIGC, Premier League, LaLiga, Lega Serie A, mas também FIFA e todas as nossas associações membros – permaneceremos unidos em nossos esforços para impedir este projeto cínico, um projeto que se baseia no interesse de alguns clubes em um momento em que a sociedade precisa mais do que nunca da solidariedade.
Vamos considerar todas as medidas ao nosso alcance, em todos os níveis, judiciais e desportivos, a fim de evitar que isso aconteça. O futebol é baseado em competições abertas e mérito esportivo; não pode ser de outra maneira.
Conforme previamente anunciado pela FIFA e as seis Confederações, os clubes em questão serão proibidos de jogar em qualquer outra competição a nível nacional, europeu ou mundial, e seus jogadores poderão ter a oportunidade de representar suas seleções nacionais.
Agradecemos os clubes de outros países, especialmente os clubes franceses e alemães, que se recusaram a assinar. Apelamos a todos os amantes do futebol, adeptos e políticos, a juntarem-se a nós na luta contra este projecto, caso venha a ser anunciado. Esse interesse pessoal persistente de alguns está acontecendo há muito tempo. Já é suficiente.
Imagem de capa: Getty Images