Curtindo os primeiros meses de aposentadoria, Marcelinho Carioca participou de uma live promovida pelo Perilima, última camisa das mais de 20 que vestiu em 29 anos de carreira. Durante o papo realizado pelo clube pernambucano, o ex-atacante resolveu resgatar uma dessas camisas: a do Flamengo, onde jogou em 2008 e 2009. Mas a conversa não girou em torno do passado, uma vez que o assunto foi o time que teve um mágico 2019. Sem titubear, Marcelinho disse que teria vaga na equipe de Jorge Jesus, escolhendo até mesmo quem mandaria para o banco.
“Sairia o Gabigol, mesmo fazendo muitos gols e sendo artilheiro”, disse o ex-jogador, acreditando que o próprio técnico português tiraria do time o camisa 9, herói da vitória de virada sobre o River Plate e, consequentemente, do título da Copa Libertadores no ano passado. “Eu acho que ele sairia, porque é muito fácil fazer muitos gols num time como aquele. Além disso, eu ainda ajudaria o Flamengo a fazer gols de falta. É a única coisa que falta à equipe.”
Aos 45 anos, Marcelinho ainda justificou que idade não seria problema. “Em 2015, fui jogar pelo Joinville contra o Palmeiras, que tinha o Zé Roberto. Eu fiz dois gols, e ele também jogou bem. Nós dois tínhamos a mesma idade, mas eu corria mais, pois jogava em um time inferior”, disse ele, referindo-se à vitória do Alviverde por 3 a 2 no Allianz Parque, num jogo decidido por outro jovem Gabriel, o Jesus, hoje no Manchester City. Marcelinho e Zé Roberto tinham 40 anos.
Marcelinho Paraíba chegou ao Flamengo em 2008 depois de pouco mais de sete anos no exterior – passou por Alemanha, no Hertha Berlin e Wolfsburg, e Turquia, no Trabzonspor, durante esse período. Foram 25 jogos e dez gols pelo Flamengo, de onde saiu por causa de salários atrasados. O jogador foi para o Coritiba no ano seguinte e, ironicamente, deixou de participar da conquista do Campeonato Brasileiro.
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