Dez anos da “cavadinha” de Loco Abreu que entrou para a história do Botafogo
No dia 18 de abril de 2020, O Botafogo reescreveu sua participação numa final de Carioca com um protagonista que “cavou” seu nome na história do clube: Loco Abreu. Na cobrança de pênalti, o uruguaio deu a famosa cavadinha e confirmou a vitória do alvinegro em cima do rival, Flamengo.
Cinéfilo ou não, todo mundo reconhece essas imagens.
10 anos da cavadinha que entrou pra história! ⛏🏆 pic.twitter.com/48ypoLffcu
— Botafogo F.R. (@Botafogo) April 18, 2020
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Assim como o perfil oficial do Botafogo, Loco Abreu relembrou o dia histórico. Em um depoimento divulgado pelo jornal Extra, o atacante comentou sobre a conquista e disse quase ter tatuado a taça do Carioca antes mesmo de entrar em campo naquela final.
“Aquela conquista foi marcante para todos nós e por isso, mesmo que passe o tempo, o torcedor vai seguir lembrando. Falando por mim, tive a grande possibilidade e honra de ficar no muro dos ídolos do Botafogo”
Imagens que trazem paz! 🏆 pic.twitter.com/jBayAutIit
— Botafogo F.R. (@Botafogo) April 18, 2020
Leia o depoimento de Loco Abreu na íntegra:
“Sinto saudade daquele grupo, daquele vestiário, do Nilton Santos, do Botafogo.
Sinto muita saudade, mesmo.
Para muitos que não são botafoguenses, podem pensar sobre o porquê de comemorar um título carioca. Sei que não é algo de maior expressão. Mas, para quem é botafoguense, como eu e muitos outros, você tem que lembrar que o Botafogo vinha passando por uma fase complicada.
Eram derrotas marcantes. No Campeonato Carioca, vinha de três finais perdendo para o Flamengo. Então aquele ano, chegou na Taça Rio e eu tinha uma coisa em mente: o título inédito pela possibilidade do Botafogo ganhar os dois turnos sem jogar as finais.
Tínhamos vencido a Taça Guanabara contra o Vasco, mas poucos lembram de outra situação complicada. Na minha estreia, perdemos de 6 a 0 para o Vasco. Fomos muito sacaneados. A possibilidade de jogar a final da Taça Guanabara contra o Vasco foi linda para recuperar a confiança do torcedor.
E depois, vencendo o Fluminense na semifinal. Chegar na final contra o Flamengo, com todos esses antecedentes que falei, foi especial. Ainda mais com aquele título no Maracanã lotado, comigo fazendo um gol daquele jeito, tão especial, na cavadinha e de pênalti.
O Bruno, naquela época, vinha sendo avaliado pela seleção brasileira com fama de pegar muitos pênaltis, e todo aquele contexto, o Flamengo tinha Adriano, Petkovic, Léo Moura… era um timaço.
Aquela conquista foi marcante para todos nós, funcionários, atletas, comissão técnica, dirigentes, torcida e por isso, mesmo que passe o tempo, o torcedor vai seguir lembrando.
Falando por mim, tive a grande possibilidade e honra de ficar no muro dos ídolos do Botafogo, o que para mim é fantástico, é sensacional. Claramente, sempre que se aproxima dessa data, é um dia diferente e de muita alegria”
Fonte: Jornal Extra